A autoridade norte-americana da saúde, a Food and Drug Administration, aprovou ontem o uso do comprimido da Pfizer contra a COVID-19, o primeiro tratamento oral nos EUA para combate à doença.
A FDA (na sigla em inglês) anunciou a decisão em comunicado no qual especifica que o medicamento pode ser usado para casos moderados da COVID-19 em adultos e crianças menores de 12 anos e pelo menos com 40 quilos de peso e cuja saúde os coloquem em perigo de ser hospitalizados.
O comprimido do laboratório Pfizer é o primeiro tratamento oral contra a COVID-19 que os norte-americanos poderão tomar em casa e pode vir a tornar-se “uma ferramenta crucial contra a pandemia numa altura em que os casos aumentaram vertiginosamente com a variante Ómicron”, refere.
Até agora, todos os tratamentos nos EUA contra a COVID-19 eram administrados por injeção ou por via intravenosa.
De acordo com o Notícias ao Minuto, o medicamento, que será vendido com o nome de Paxlovid, só pode ser comprado com receita médica e os pacientes devem tomá-la assim que souberem que foram infectados com a doença no máximo nos primeiros cinco dias após o aparecimento dos sintomas.
Além disso, deve ser tomado duas vezes ao dia durante cerca de cinco dias, detalha o FDA no comunicado.
O comprimido funciona ao bloquear a actividade de um enzima específico que o Coronavírus precisa para se replicar no organismo infectado, mecanismo semelhante ao do comprimido desenvolvido por outra farmacêutica, a MSD (Merck nos EUA e no Canadá).
O FDA deve aprovar esse outro medicamento em breve, embora os dados mostrem que o da Pfizer é mais eficaz e tem menos efeitos colaterais.
A Pfizer afirma que está pronta para começar imediatamente a distribuir os seus comprimidos e aumentou a sua produção de 80 para 120 milhões no próximo ano.