Continua a crise de água na cidade de Nampula. A barragem está com cada vez menos água devido à escassez da chuva. Entretanto, ao nível do consumo doméstico a situação não é muito notória devido ao sistema de água dos furos que o Fundo de Investimento e Património do Bastecimento de Água (FIPAG) está a implementar para minimizar o problema.
Este domingo, a barragem de Nampula tem 31.7% de volume de encaixe de água, perfazendo um nível de 3.61 metros, muito abaixo dos 10 metros de altura normal nesta época do ano. O volume de produção diária do FIPAG, área operacional de Nampula, já tinha chegado a uma produção de 30 mil metros cúbicos (o normal é de 40 mil metros), mas se não chover de forma significativa nos próximos dias essa produção pode baixar para permitir a racionalização da pouca água existente.
“Queremos pedir à população, aos nossos clientes, para continuar a fazer o uso racional deste recurso e evitar a danificação da nossa rede”, alerta Mateus Fote, director do FIPG, área operacional de Nampula.
Ao nível do consumo doméstico não se faz sentir a crise nos últimos dias devido ao trabalho de soluções alternativas que foi feito, no caso concreto, a activação de campos de furo de Muatala e Namiteca onde os camiões-cisterna tomam água e abastecem os 35 fontanários móveis criados nos bairros críticos de onde a população consegue água potável.
“Deixamos de fazer pressão da toma da Estação de Bombagem dois; temos agora três tomas pela rede, temos também três tomas em Muatala, três em Namiteca e isso está a ajudar em grande medida, além dos serviços que estamos a prestar com os 15 camiões-cisterna”.
Se a chuva não cair em grandes quantidades nos próprios dias nos distritos de Rapale e Malema para gerar caudal no rio Monapo, que alimenta a barragem de Nampula, o cenário de abastecimento de água pode piorar.