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Perry, enorme, faz renascer o sonho de Kigali

Foto: BAL

Com uma actuação estupenda de William Perry, base que contabilizou 41 pontos em 40:00 minutos na quadra, o Ferroviário da Beira alcançou, domingo, a sua primeira vitória na Conferência Nilo da Liga Africana de Basquetebol (BAL) ao bater o SLAC da Guiné-Conacri, por 109-97. Os campeões nacionais voltam a jogar esta quarta-feira com o Cape Town Tigers da África do Sul.

Horas antes de Stephen Curry fazer história ao contabilizar 50 pontos na vitória dos Golden State Warriors vencerem os Sacramento Kings por 120-100, no Jogo 7 da primeira eliminatória dos “playoffs” da Liga norte-americana de basquetebol (NBA), William Perry, base do Ferroviário da Beira, assinara também uma estrondosa exibição na Liga Africana de Basquetebol.

Qual fã confesso de Stephen Curry, William Perry registou uma exibição impressionante ao contabilizar 41 pontos na vitória do Ferroviário da Beira diante do SLAC da Guiné-Conacri, em jogo da 3ª jornada da Conferência Nilo da Liga Africana de Basquetebol (BAL).

O jogador mais valioso (MVP) das duas últimas edições da Liga Moçambicana de Basquetebol Mozal foi enorme na quadra do pavilhão Dr. Hassan Moustafa, igualando, desta forma, o recorde da BAL de mais pontos marcados em um jogo (ndr: Terrell Stoglinque, então jogador do AS Salé, marcara igual número de pontos em 2022, segunda edição da BAL).

Mas há mais que se diga dos seus números: William Perry também estabeleceu o recorde de mais três pontos marcados num jogo com um registo de 8 tiros abertos concretizado em 9 tentativas.

A obra de arte de William Perry foi conseguida  com 11 em 18 lançamentos de campo, uma média de 61%, e 10 em 10 na linha de lances livres (100%).

Perry foi, neste duelo, secundado por Najeal Young que contabilizou 26 pontos em 33:45 minutos em que permaneceu na quadra, Makhtar Gueye que esteve perto de um duplo-duplo com 15 pontos e 8 ressaltos.

Com maior clarividência ofensiva e agressividade defensiva, o Ferroviário da Beira liderou o primeiro quarto com um parcial de 30-16. No segundo quarto, o SLAC melhorou a sua pontuação (marcou 20 pontos contra 26 do Ferroviário da Beira) mas foi ao intervalo a perder: 36-56.

O sempre crítico 3º quarto, no qual Luis Lopes Hernandez fez a rotação da equipas, fazendo descansar as principais unidades, a equipa moçambicana esteve mal na abordagem ofensiva e defensiva, perdendo por um parcial de 33-20. De uma vantagem quase confortável de 20 pontos, os campeões nacionais viram o seu adversário reduzir para um ponto já no derradeiro quarto. Com 1:52 por se jogar, William Perry assumiu o jogo, lançando uma bomba dos 6,75 metros que colocou o CFvB a vencer por 101-97. Daí foi somente gerir o jogo.

No global, os campeões nacionais concretizaram 18 pontos em situações de perdas de bola, enquanto o SLAC marcou 15. Nas segundas bolas, houve equilíbrio na medida em que o SLAC marcou 19 pontos e o Ferroviário da Beira 17. Há ainda a registar, neste quadro comparativo, os 48 pontos concretizados pelo Ferroviário da Beira na área restritiva, enquanto o seu adversário contabilizou 44.

Mais: tiveram melhor registo nos lançamentos de campo com 37 convertidos em 70 tentados (52% de aproveitamento) contra 35 em 74 (média de 47%) dos guineenses. E não foi diferente na percentagem dos tiros exteriores, onde os “locomotivas” do Chiveve concretizaram 11 em 20 lançamentos (55%) e o SLAC marcou 9 em 29 (31%).

Atente-se, outrossim, ao registo positivo na linha de lances livres com 24 em 33 (72%) para o Ferroviário da Beira e 18 em 21 (85%) para o SLAC. Na luta das tabelas, o conjunto moçambicano foi mais combativo com 42 ressaltos “capturados” dos quais 24 defensivos e 18 ofensivos, sendo que o SLAC apresentou-se com 35 divididos em 19 defensivos e 16 ofensivos.

O Ferroviário da Beira totalizou ainda 20 assistências, 14 perdas de bola e oito roubos de bola. Já o SLAC apresentou um registo de 14 assistências e 15 perdas de bola.

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