As autoridades chinesas acusaram, esta sexta-feira, as agências de informação norte-americanas de terem intensificado, nos últimos anos, operações de ciberespionagem contra instituições e empresas ligadas a sectores de alta tecnologia, sobretudo na área da defesa.
Num comunicado divulgado pelo Centro Nacional de Resposta a Emergências de Internet da China (CNCERT), citado pelo Notícias ao Minuto, o organismo dependente do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação, é referido que foram detetados ataques dirigidos contra universidades, institutos de investigação e empresas do complexo militar-industrial.
Segundo o texto, escreve o Notícias ao Minuto, as acções terão tido como objectivo obter informação classificada relacionada com o desenho, desenvolvimento e produção de tecnologia militar.
O centro apresentou dois casos ocorridos nos últimos três anos como exemplos representativos. O primeiro terá acontecido entre Julho de 2022 e Julho de 2023, quando um grupo alegadamente ligado a serviços de informação norte-americanos explorou uma vulnerabilidade não divulgada do sistema de correio electrónico Microsoft Exchange para aceder à rede interna de uma empresa da indústria de defesa.
Os atacantes terão assumido o controlo de mais de meia centena de dispositivos-chave e instalado ferramentas concebidas para manter o acesso a longo prazo através de canais de comunicação encriptados. Também terá sido utilizada uma rede de servidores de passagem localizados em países como Alemanha, Finlândia, Coreia do Sul e Singapura.
O segundo caso, escreve Notícias ao Minuto, ocorrido entre Julho e Novembro de 2024, terá envolvido uma empresa chinesa do sector das telecomunicações.