O Presidente da Comissão Executiva (PCE) do BCI, Paulo de Sousa, poderá recorrer da decisão do Banco de Moçambique que o inibe de exercer cargos sociais e de gestão em instituições financeiras por um período de três anos. O gestor é acusado de cometer infrações contravencionais.
A reacção é feita, cerca de 24 horas depois de o Banco de Moçambique ter divulgado as sanções ao gestor bancário, através de um comunicado de imprensa enviado ao “O País”. De acordo com o documento, o BCI diz ter tomado conhecimento das sanções.
De acordo com o regulador do sistema financeiro, o PCE do BCI agiu em conflito de interesses aquando da sua participação no processo de apreciação e decisão da proposta de aquisição da Interbancos, SA pela Sociedade Interbancária de Moçambique, SA (SIMO) defendendo, simultaneamente, os interesses da SIMO, na qualidade de Administrador, e da Interbancos, SA, na qualidade de Presidente do Conselho de Administração.
O comunicado do BCI faz ainda referência a dados de Junho deste ano, segundo os quais o banco conta com mais de 1.8 milhões de Clientes e 202 agências. E que dispõe de um Volume de Negócios de 195 mil milhões de meticais e um Rácio de Solvabilidade de 18,66%.
“O BCI mantém-se a funcionar com toda a normalidade, com os seus órgãos sociais em plenas funções, designadamente o Conselho de Administração e a Comissão Executiva, assegurando o regular funcionamento do banco e a normal prestação de serviços aos seus clientes e participando activamente na expansão do sistema financeiro nacional”, lê-se na nota.