A Suíça é um dos países que cortou o apoio directo ao Orçamento do Estado moçambicano, por conta das dívidas ocultas. No entanto, a cooperação entre os dois países continua em outros projectos.
Para 2017-2020, a Suíça tem disponíveis sete milhões de francos suíços para investir na zona norte de Moçambique.
Aliás, de acordo com o Presidente da Confederação, as províncias do norte do nosso país constituem uma prioridade para a Suíça, devido à localização geográfica.
Para Filipe Nyusi, ao priorizar a zona norte para investir, a Suíça abriu, igualmente, espaço para os demais parceiros investirem em outros pontos do país.
A informação sobre a existência dos sete milhões de francos suíços a serem investidos no país foi avançada por Alain Berset, presidente da Confederação Suíça, durante uma conferência de imprensa havida para dar a conhecer os pontos abordados num encontro com Filipe Nyusi, no Palácio Federal da Suíça.
Neste encontro, de acordo com os dois líderes, foram abordadas aspectos bilaterais e multilaterais. No âmbito da cooperação económica, foram assinados acordos, entre os quais o acordo de transporte aéreo, que poderá reforçar a cooperação.
E porque a dívida oculta é praticamente um assunto inevitável, a Confederação Suíça reitera que é preciso clarificar a questão. Aliás, ambos líderes dizem ter chegado à conclusão de que é preciso reestruturar a dívida.
Em suma, Filipe Nyusi e Alain Berset manifestaram o desejo de consolidar a relação de cooperação e amizade de mais de 40 anos, existentes entre as duas nações. Alain Berset sublinhou que Moçambique tem muito potencial e a Suíça pretende estreitar a cooperação.