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Patronato de empresa acusado de tentar abandonar trabalhadores

Treze trabalhadores de uma empresa de capitais estrangeiros, que se dedica à exportação e importação de cobre, placas electrónicas e catalisadores, denunciam suposta tentativa de abandono do patronato e alegada recusa em  pagar as respectivas indemnizações. A firma em causa está baseada na Matola.

O portão da empresa  não permite ver o que há por dentro, mas não deixa dúvidas de que encerrou o que, por quase cinco anos, foi o local de trabalho de homens e mulheres, que hoje dizem que tudo já foi vendido e supostamente o patronato, que é estrangeiro, tenta deixar os trabalhadores entregues à sua sorte.

“O patronato, de um momento para cá, tem vendido tudo, vendeu tudo, todos os bens, incluindo mercadoria. Nós, quando mostrámos uma preocupação do que está a acontecer, disseram-nos que estão a vender porque a empresa está para fechar por  estar com problemas, que incluem perda de mercadorias, tendo-se perdido muito dinheiro que os investidores já não podem investir”, explicou um dos trabalhadores.

Um outro trabalhador esclareceu o que o grupo quer: “A empresa deve-nos pagar a indemnização, porque, por mais que digam que querem abrir uma outra empresa, não faz sentido o que está a acontecer. Nós acompanhámos recentemente que trabalhadores foram abandonados pelo patrão e está a acontecer aqui”.

Face ao receio de fuga do patronato, os trabalhadores retiveram um contentor com mais de 20 toneladas de cobre e, segundo eles, o contentor só pode sair depois do pagamento das indemnizações: “A nossa sugestão ou opinião é reter o contentor que é garantia de que teremos o nosso dinheiro”.

O jornal O País  contactou um dos gestores da empresa em causa e este disse que, por se tratar de domingo, nada podia dizer, remetendo esclarecimentos para esta segunda-feira.

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