O parlamento húngaro ratificou, esta segunda-feira, a adesão da Suécia à NATO. Era o passo final necessário para o país nórdico aderir à Aliança Atlântica desde a invasão russa da Ucrânia.
A candidatura de Estocolmo foi aprovada por uma esmagadora maioria de deputados (188 votos em 199 lugares), após quase dois anos de espera, escreve a Lusa.
Após a ractificação, há um mês, pelo Parlamento turco, a Hungria era o último dos 31 membros da Aliança que ainda não tinha aprovado a entrada da Suécia, num processo que começou há quase dois anos e até agora era bloqueado por estes dois países.
A ratificação pelo Parlamento húngaro, onde o Fidesz do primeiro-ministro, Viktor Orbán, tem uma maioria de dois terços, foi adiada várias vezes, tendo os deputados deste partido justificado o atraso, por exemplo, com as críticas da Suécia sobre a política e a deriva democrática na Hungria, também denunciada pela União Europeia.
Na sexta-feira, Orbán tinha anunciado a reunião desta segunda-feira do parlamento para tomar “as decisões necessárias, que encerrarão esta fase”, numa conferência de imprensa junto do seu homólogo sueco, Ulf Kristersson.
Segundo a Lusa, na mesma ocasião, Orbán revelou ainda a compra de quatro aviões de combate à Suécia, demonstrando o desejo de uma cooperação militar reforçada.
Também foram assinados acordos relacionados com a manutenção e prestação de serviços destes aparelhos.
Orbán garantiu que esta operação não se relaciona com a ratificação da entrada da Suécia na NATO e afirmou que restaurar a confiança entre os dois países tem sido um processo longo, mas reconheceu que a aquisição dos caças “contribuirá para restabelecê-la”.
Na altura, o chefe do Governo sueco evitou criticar a Hungria e afirmou que quando um país pede para ser membro da NATO sabe que o pedido terá de ser ractificado por todos os países.
O governante afirmou que Hungria e Suécia, apesar das suas diferenças, são parceiros na União Europeia “e em breve também na NATO”.
NATO SATISFEITA COM A ADESÃO DA SUÉCIA
O chanceler alemão, o Presidente francês e o primeiro-ministro britânico saudaram a adesão da Suécia à NATO, aprovada pelo Parlamento húngaro, último passo que faltava para completar o processo.
“O caminho está livre para a Suécia na NATO, é uma vitória para todos (…). Esta decisão reforça a nossa aliança de defesa e, com ela, a segurança da Europa e do mundo”, declarou o chanceler alemão, Olaf Scholz numa mensagem publicada na rede social X.
“Parabéns ao vosso país”, disse o Presidente francês, Emmanuel Macron, congratulando-se com o facto de a Suécia e, antes dela, a Finlândia terem aderido à NATO.
Por sua vez, o chefe do Governo britânico, Rishi Sunak, classificou o dia como “um dia histórico” para a NATO, após a ‘luz verde’ do parlamento da Hungria à adesão da Suécia, o único obstáculo que faltava ultrapassar para a sua entrada na Aliança Atlântica.