Na avenida Samora Machel, a maior artéria comercial de Xai-Xai, mais de 150 estabelecimentos comerciais estão encerradas há dois dias em resultado dos protestos Pós-eleitorais. A CTA fala de prejuízos na ordem de 400 milhões de
meticais. Populares invadiram e ocuparam espaços na zona turística da praia de Xai-Xai.
Cadeados nas portas de diversas lojas na avenida Samora Machel, em Xai-Xai… Até o sector informal não escapou. Eis o resultado da nova vaga de protestos populares contra a actual tabela de preços de produtos, sobretudo de primeira necessidade, bem como, de alguns serviços sociais.
O movimento agitado em diferentes pontos da zona comercial de Xai-Xai marcou, esta quarta-feira, a correria para as compras do mês, mas, muitos regressaram à casa de mãos vazias.
Cerca de 150 estabelecimentos comerciais estiveram encerrados. Os poucos que tentaram ensaiar abertura não resistiram a pressão e encerram as portas. Maria Valente e Samuel Nilton procuram comprar um saco de arroz há dois dias, entretanto, sem sucesso.
O sector empresarial em Xai-Xai estima em mais de 400 milhões de meticais os prejuízos decorrentes dos dois dias de paralisação no sector, disse Ernesto Mausse, Presidente do Pelouro do Comércio/CTA.
Quando o ambiente parecia normalizar-se na baixa da cidade, a zona alta vivia momentos de tensão. É que mais de mil pessoas provenientes de vários bairros invadiram extensas e ocuparam espaços na zona turística da praia de Xai-Xai.
O chefe do posto administrativo da praia, António Cossa, garantiu que se vai criar mecanismos legais para resolução do problema.
As autoridades do município de Xai-Xai vão reunir-se, até à primeira semana de Fevereiro, com a liderança do grupo invasor para encontrar soluções.