O País – A verdade como notícia


ÚLTIMAS

Destaques

NOTÍCIAS

O Município de Xai-Xai, na província de Gaza, iniciou uma operação de retirada dos vendedores informais das vias públicas, medida que provocou forte contestação. Mais de 500 comerciantes ambulantes manifestaram-se, nesta quinta-feira, em frente às instalações do Conselho Municipal, exigindo esclarecimentos e a reversão da decisão.

Segundo a edilidade, os vendedores foram notificados com 30 dias de antecedência para deixarem os passeios, ruas e avenidas da zona comercial. No entanto, os comerciantes alegam que a medida é injusta e que não foram devidamente ouvidos.

Catarina, de 42 anos, que vende há mais de 25 anos nas imediações do Mercado Limpopo, lamenta a situação:
“Concederam-nos este espaço para trabalhar, mas agora estão a expulsar-nos. O pouco que conseguimos vender, três meticais, é retirado por eles. Como sobreviver assim? Pedimos socorro. Estamos a passar por muitas dificuldades devido à ação do município”, desabafou.

A Polícia Municipal está no terreno com ordens claras para impedir a permanência dos vendedores nos passeios e zonas de maior circulação. A ação tem sido alvo de contestação, sobretudo pela falta de alternativas adequadas oferecidas aos comerciantes.

Marta Rosa e Glória Maria afirmam que os confrontos com o município já duram há mais de duas semanas:
“Não vamos sair. É aqui que ganhamos o pão para os nossos filhos, netos e famílias. Quando precisavam de apoio, vieram até nós. Hoje, estão a expulsar-nos sem qualquer explicação ou consenso. Precisamos de ajuda”, clamaram.

O ponto mais crítico da tensão ocorreu quando centenas de vendedores se concentraram defronte ao Conselho Municipal, num protesto que visava pressionar as autoridades a recuar na sua decisão.
“Eles dizem que não nos querem mais na estrada. Mas nós também não temos outro lugar para ir. O Mercado Grossista é no mato, não há pessoas, nem construções, nem casas de banho. Não é um local digno para comércio”, afirmou uma comerciante.

Outro fator que exacerbou o conflito foi o alegado cancelamento do processo de formalização dos ambulantes, após muitos terem pago para obter documentação legal.
“Pagámos 1800 meticais de arrendamento comercial e mensalmente 600 meticais. Agora dizem que cancelaram tudo e mandam-nos para o Mercado Grossista. Nós vendemos roupa. Quando chove, onde vamos trabalhar?”, questionou Maria Filomena, vendedora na Avenida Samora Machel.

O vereador dos mercados e feiras, Benaias Cofe, rejeita as acusações dos vendedores e defende a atuação do município:
“Se procurarem saber se esses vendedores têm comprovativos de pagamento ou licenças em dia, verão que a maioria não tem. A polícia apenas os informou de que não deveriam continuar nos passeios e que deveriam deslocar-se ao mercado”, explicou.

Segundo Cofe, a edilidade decidiu agir com firmeza devido à resistência dos vendedores em abandonar o local.
“Não podemos reunir com eles em grandes grupos, pois isso poderia aumentar a agitação. Mas vamos aplicar a lei para garantir a livre circulação de pessoas nos passeios, que hoje estão ocupados por bancas”, concluiu.

A Polícia Municipal mantém-se posicionada nos pontos de maior concentração para impedir o regresso dos informais à zona comercial, enquanto o impasse entre o município e os vendedores continua.

 

Vídeos

NOTÍCIAS

Não passa de sábado. Sporting e Benfica entram em campo, a partir das 18 horas, para a última jornada da Liga, que vai decidir quem é o campeão nacional da época 2024/25.

O Sporting recebe o Vitória de Guimarães em Alvalade, enquanto o Benfica visita o Sporting de Braga. Quanto aos adversários de leões e águias, o Vitória ainda vai a Alvalade na luta por defender o quinto lugar (precisa de fazer pelo menos igual resultado ao Santa Clara em Faro) e o Sp. Braga ainda pode chegar ao terceiro lugar, embora precise de uma goleada e que o FC Porto perca na recepção ao Nacional.

A equipa treinada por Rui Borges é líder, com 79 pontos, os mesmos do Benfica, treinado por Bruno Lage. Porém, o Sporting é líder porque tem vantagem no confronto directo face ao Benfica e, por isso, só depende de si para ser campeão. Já o Benfica tem de fazer melhor resultado em Braga do que os leões ante o Vitória de Guimarães.

O crescente número de casos de violência grave contra mulheres está, segundo a procuradora chefe da província de Sofala, Carolina Azarias, directamente ligado à impunidade de muitos dos autores do crime e à vergonha das vítimas e seus familiares em denunciar os casos. De acordo com a procuradora, concorrem ainda para o fenómeno questões relacionadas aos factores culturais, sendo que a solução passa pela revisão urgente da lei contra violência doméstica. 

Carolina Azarias falava na qualidade de porta-voz de um “workshop”, organizado pela sua instituição, evento que tinha como objectivo encontrar formas para estancar os elevados casos de crimes contra mulheres em Sofala. 

“É que há muita impunidade. E, quando há impunidade, transmite-se sempre uma mensagem de que eu posso ser detido, mas nada me vai acontecer. Por isso mesmo, os casos de violência doméstica têm estado a crescer e, depois, desembocam no feminicídio”, referiu Azarias.

Adiante, Carolina Azarias referiu que, “muitas vezes, quando vão apresentar as suas queixas contra os infractores, nesse caso que é o marido, muitas vezes, os familiares têm estado a pressionar as mulheres para que retirem a queixa. E, ao retirarem a queixa e regressarem à casa, os casos de violência doméstica continuam e acabam desembocando em feminicídio”.

No encontro, os participantes indicaram ser urgente a revisão da lei contra a violência doméstica, pois, para eles, a mesma já não se adequa à realidade dos crimes que têm vindo a ocorrer, principalmente, contra mulheres.

“E, ao revermos a lei, se nós agravarmos as penalizações, acreditamos que muitos infractores poderão parar de cometer esses crimes. Aém de agravar as penalizações, também, há necessidade do feminicídio estar referenciado na lei, porque, neste momento, nós apenas falamos do feminicídio, mas em termos mesmo da nossa lei não consta como feminicídio, apenas como homicídio agravado”, explicou a juíza Cláudia Mulandesa.

Mulandesa, uma das palestrantes, defendeu, igualmente, a necessidade urgente da revisão da lei contra violência doméstica. “O nosso objectivo é responder aos casos de feminicídio no Sandique, mas encontramos muitas limitações. Uma delas é a falta da tipificação do feminicídio como tal”.

E, depois, foi lançado um apelo aos três poderes do Estado, para que intervenham em recursos humanos, materiais e financeiros voltados para a prevenção e combate à violência feminina. 

“Porque que só assim é que a gente pode evitar a causa máxima que é o feminicídio.”

Intensificação de palestras sobre casos ligados a violência doméstica nas escolas e nas comunidades tem sido uma das formas imediatas encontradas pelos órgãos de justiça em Sofala para mitigar os casos de violência contra mulheres, enquanto decorrem pressões para a revisão da lei e incluindo hábitos culturais.

O torneio COSAFA 2025 em seniores masculinos vai manter o formato emocionante do ano passado e será realizado de 4 a 15 de Junho em Mangaung, Bloemfontein, África do Sul, com o sorteio da fase de grupos a ser realizado na quarta-feira, 21 de Maio.

O Marrocos, semifinalista do Campeonato do Mundo de 2022, será o convidado da edição deste ano, onde fará a sua estreia, juntando-se a Angola, Botswana, Comores, Lesotho, Eswatini, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Moçambique, Namíbia, África do Sul, Zâmbia e Zimbabwe, na competição regional de 14 selecções.

O formato no sorteio deste ano será de dividir as selecções em quatro grupos. Os grupos A e B terão quatro selecções cada, e os grupos C e D terão três.

A competição será uma excelente oportunidade para o aquecimento das selecções antes do retorno às eliminatórias do Campeonato do Mundo da FIFA de 2026 em Setembro, dando a possibilidade a essas selecções da região de disputar até cinco jogos.

A competição será realizada em Mangaung, Bloemfontein, pela primeira vez, com o Estádio Free State, que acolheu jogos do Mundial da FIFA de 2010, e o Estádio Dr. Petrus Molemela, a serem as sedes das partidas.

As 23 edições anteriores do COSAFA testemunharam grandes actuações e jogos incríveis que entraram para o folclore do futebol da região austral de África, mas apenas cinco nações podem afirmar ter erguido o cobiçado troféu.

Angola, que na edição do ano passado derrotou a Namíbia por 5-0 na final, erguendo o troféu pela primeira vez em 20 anos, chega a esta edição para defender o seu título.

A Zâmbia lidera a lista das nações que mais conquistaram o torneio COSAFA, com sete títulos, mais um que o Zimbabwe, com África do Sul (cinco), Angola (quatro) e Namíbia (um), outras selecções que já conquistaram o título regional.

Moçambique, Malawi, Botswana e Lesotho foram finalistas duas vezes, mas acabaram por perder em ambas as ocasiões. Senegal, outro país convidado, é o único país de fora da região a chegar à final, mas perdeu a final de 2021 para a África do Sul.

As meias-finais do torneio COSAFA de sub-17, em femininos, na sua edição de 2025, já estão definidas e prometem grandes emoções, nesta sexta-feira, no Estádio Hage Geingob, em Windhoek, Namíbia. Após uma fase de grupos repleta de momentos emocionantes, as selecções de Zâmbia, Zimbabwe, Malawi e Moçambique garantiram as suas vagas e continuam na luta pelo título

A selecção feminina de Moçambique dos sub-17 garantiu lugar nas meias-finais do torneio COSAFA após terminar na segunda posição do seu grupo, assegurando o título de melhor segundo, uma vez que terminou com os mesmos três pontos dos outros dois segundos, nomeadamente Namíbia, no grupo A, e Lesotho, no grupo C.

Porém, o facto de as Nyeletinhas terem tido maior diferença de golos entre marcados e sofridos acabou por pesar para o seu lado. As moçambicanas marcaram 11 golos, fruto da goleada imposta às Maurícias, tendo sofrido quatro golos, na goleada sofrida frente à campeã Zâmbia, terminado com saldo positivo de sete golos.

Ainda assim, foi o mesmo saldo positivo da Namíbia, que marcou 10 golos e sofreu três, mas com desvantagem de ter marcado menos golos que as Nyeletinhas. Lesotho e Botswana, que terminaram com três pontos no grupo C, tiveram menos golos marcados e, consequentemente, saldo negativo de golos.

Assim, Moçambique vai disputar a segunda meia-final do COSAFA nesta sexta-feira, diante do Malawi, que venceu o grupo A com seis pontos, fruto das vitórias sobre Namíbia e Comores, respectivamente, por 3-0 e 6-0, numa partida marcada para as 15h00 de Maputo.

Esta será a segunda vez consecutiva que Moçambique chega às meias-finais, depois de, no ano passado, ter terminado em primeiro lugar no grupo A, com nove pontos, fruto de três vitórias. Nessa fase, perdeu diante do Lesotho à tangente, terminando na terceira posição, numa edição em que a Zâmbia foi coroada campeã da prova, após humilhar Lesotho por 15-0.

Zimbabwe renasce das cinzas e junta-se ao G3!

O primeiro confronto das meias-finais será disputado às 12h00, entre a Zâmbia e o Zimbabwe. A Zâmbia, que dominou o Grupo B com duas vitórias, uma diferença de golos de +13 e um ataque avassalador, enfrentará o Zimbabwe, que protagonizou uma recuperação impressionante no torneio. Após uma derrota inicial contra o Botswana (3-0), o Zimbabwe deu uma resposta contundente ao vencer o Lesotho por esmagadores 12-2 na última jornada do Grupo C.

A estrela da partida foi Mya Munyanduki, que marcou quatro golos e foi eleita a melhor jogadora em campo.

As equipas que saírem derrotadas nas meias-finais terão uma nova oportunidade de se destacar no “play-off” para o terceiro lugar, que será disputado no sábado, 17 de Maio, às 11h00. No mesmo dia, às 14h00, terá lugar a grande final, onde será decidido o campeão do torneio.

O Campeonato COSAFA Sub-17 Feminino 2025 tem sido um palco de talento e competitividade, destacando o crescimento do futebol feminino na região.

Sunila no “onze” da fase de grupos

A jogadora moçambicana Sunila Luckbary é a única Nyeletinha a fazer parte do “onze” ideal da fase de grupos do torneio COSAFA em sub-17 femininos. As boas prestações nos dois jogos, onde marcou um golo e fez quatro assistências, convenceram os organizadores a nomearem Sunila para a equipa ideal.

Duas malawianas, duas zambianas, duas zimbabweanas e mais duas tsanas completam as jogadoras que foram eleitas para a equipa ideal da fase de grupos da prova que terá o seu epílogo no sábado, com a disputa dos jogos de atribuição do terceiro lugar, às 12h00, e da final, quando forem 14h00.

Entraram em vigor, hoje, as novas taxas de portagens, em todo o país. Logo às primeiras horas, na cidade de Maputo, ouviam-se buzinas ,na portagem da Costa do Sol, na marginal, forma de alguns condutores recusarem as novas medidas. Pouco tempo depois, havia longas filas em quase todas as cancelas da portagem.

A retoma ao pagamento começou de forma “tímida”,diga-se, com automobilistas ainda a queixarem-se da “ insuficiente” redução das taxas.

O retorno às cobranças na portagens acontece depois de mais de 5 meses de pausa, causada pelas manifestações pós-eleitorais, em que populares reivindicavam os resultados das eleições gerais.

Outrossim é que a volta ao pagamento encontra muitas portagens vandalizadas, com vidros, cancelas e outros materiais destruídos na sequência dos tumultos, principalmente ao longo da estrada circular de Maputo.

Recorde-se também que A Rede Viária de Moçambique (Revimo) chegou a suspender contratos com mais de 300 trabalhadores das portagens vandalizadas durante os protestos pós-eleitorais.

 

O enviado especial das Nações Unidas para o Iémen, Hans Grundberg, expressou nesta terça-feira preocupação com a “escalada perigosa” entre Israel e os rebeldes Huthis, enquanto o exército israelita continua a responder com ataques às ações hostis do grupo iemenita.

Em reunião do Conselho de Segurança da ONU, Grundberg afirmou que “os acontecimentos das últimas semanas são um lembrete claro de que o Iémen está envolvido em tensões regionais mais amplas”. Ele destacou como sinal dessa escalada o ataque realizado em 4 de maio pelo Ansar Allah (denominação oficial dos Huthis) ao aeroporto internacional Ben Gurion, nos arredores de Telavive. Em resposta, Israel bombardeou o aeroporto de Sana e alvos como centrais elétricas e fábricas de cimento, no dia 6 de maio.

A tensão não cessou. Após interceptar mais um míssil disparado pelos Huthis, o exército israelita solicitou hoje a evacuação de três portos sob controle dos rebeldes no Iémen.

Apesar do aumento dos confrontos, Grundberg elogiou o recente acordo de cessar-fogo entre os Huthis e os Estados Unidos, classificando-o como “uma necessária e importante redução da tensão no mar Vermelho”.

Os Huthis têm assumido a autoria de múltiplos ataques com mísseis e drones contra Israel desde o início da guerra em Gaza entre Israel e o Hamas. Alegando solidariedade com os palestinianos, também têm atacado embarcações com ligações a Israel na costa iemenita, especialmente no estratégico mar Vermelho, por onde transita cerca de 12% do comércio global.

Paralelamente, o coordenador humanitário da ONU, Tom Fletcher, alertou para o agravamento da crise humanitária no Iémen, revelando que metade das crianças do país — aproximadamente 2,3 milhões — sofre de subnutrição.

A cidade de Pemba, capital de Cabo Delgado voltou a ficar parcialmente suja depois de quase um ano em que a cidade esteve relativamente limpa.

Quase todos  depósitos de resíduos sólidos existentes na cidade andam cheios, e algumas ruas  estão a ficar bloqueadas por causa do lixo. “Há cerca de um ano que a cidade de Pemba  andava limpa e estava mesmo diferente, mas desde que passou o ciclone JUDE, em  Dezembro de 2024, a situação voltou a ficar mal. Agora, a  recolha de lixo já não é frequente, e em algumas zonas como já não se recolhe de vez, o lixo acabou fechando algumas ruas, e até já a chegar nos quintais das nossas casas. Estamos mal nós por causa do lixo “, reclamou Selemane Alberto, um morador do bairro Cariaco, a mais populosa área residencial da baía de Pemba.

A imundice em Pemba está em toda parte da cidade, e a situação é considerada de grave e insuportável.

A situação é tão crítica, que alguns cidadãos foram obrigados a se adaptar à nova realidade e conviver com o lixo.

“Eu vivo perto de um ponto de depósito de lixo. O contentor fica do outro lado da rua, mas como há muito tempo que não se faz limpeza, agora o lixo está no meu quintal. Esses dias não abrimos janelas de casa por causa do mau cheiro, que ninguém suporta”, contou Antumane Issa, um morador do bairro Alto Gingone.

Além do cheiro considerado nauseabundo, alguns cidadãos estão preocupados com o surgimento de baratas, ratos e outras pragas que sobrevivem do lixo.

O Município de Pemba prometeu  respostas para a preocupação dos cidadãos sobre o lixo oportunamente.

A França expulsou vários funcionários argelinos portadores de passaportes diplomáticos sem visto, em retaliação à recente expulsão de 15 agentes diplomáticos franceses pela Argélia. 

O Ministério das Relações Exteriores francês convocou o encarregado de negócios da Argélia para comunicar a decisão, enfatizando que a França se reserva o direito de tomar medidas adicionais dependendo da evolução da situação, escreve o Africannews.

Essa troca de farpas marca uma deterioração significativa nas relações entre os dois países, historicamente complexas devido ao seu passado colonial. As tensões aumentaram no ano passado, quando o presidente francês Emmanuel Macron expressou apoio ao Marrocos na disputa pelo Saara Ocidental, irritando a Argélia. Embora tenha havido uma breve melhora nas relações após a visita do ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Noël Barrot, a Argélia, as expulsões recíprocas reacenderam as tensões.

Barrot afirmou que as relações diplomáticas estão agora “totalmente bloqueadas”. Ele classificou a decisão mais recente da Argélia como “injustificada” e prometeu uma resposta forte e proporcional.

As relações tensas têm implicações significativas, afetando a segurança, o comércio e os laços sociais, visto que cerca de 10% da população francesa tem conexões com a Argélia. A ruptura diplomática ressalta a fragilidade do relacionamento entre as duas nações e os desafios de lidar com sua história e interesses geopolíticos compartilhados.

À medida que a situação se desenvolve, ambos os países enfrentam a tarefa de administrar as consequências dessas expulsões diplomáticas e buscar meios para restaurar o diálogo e a cooperação.

O enviado especial das Nações Unidas para o Iémen, Hans Grundberg, expressou nesta terça-feira preocupação com a “escalada perigosa” entre Israel e os rebeldes Huthis, enquanto o exército israelita continua a responder com ataques às ações hostis do grupo iemenita.

Em reunião do Conselho de Segurança da ONU, Grundberg afirmou que “os acontecimentos das últimas semanas são um lembrete claro de que o Iémen está envolvido em tensões regionais mais amplas”. Ele destacou como sinal dessa escalada o ataque realizado em 4 de maio pelo Ansar Allah (denominação oficial dos Huthis) ao aeroporto internacional Ben Gurion, nos arredores de Telavive. Em resposta, Israel bombardeou o aeroporto de Sana e alvos como centrais elétricas e fábricas de cimento, no dia 6 de maio.

A tensão não cessou. Após interceptar mais um míssil disparado pelos Huthis, o exército israelita solicitou hoje a evacuação de três portos sob controle dos rebeldes no Iémen.

Apesar do aumento dos confrontos, Grundberg elogiou o recente acordo de cessar-fogo entre os Huthis e os Estados Unidos, classificando-o como “uma necessária e importante redução da tensão no mar Vermelho”.

Os Huthis têm assumido a autoria de múltiplos ataques com mísseis e drones contra Israel desde o início da guerra em Gaza entre Israel e o Hamas. Alegando solidariedade com os palestinianos, também têm atacado embarcações com ligações a Israel na costa iemenita, especialmente no estratégico mar Vermelho, por onde transita cerca de 12% do comércio global.

Paralelamente, o coordenador humanitário da ONU, Tom Fletcher, alertou para o agravamento da crise humanitária no Iémen, revelando que metade das crianças do país — aproximadamente 2,3 milhões — sofre de subnutrição.

+ LIDAS

Siga nos

Galeria