Na tarde de ontem, no posto número oito na Malanga, na cidade de Maputo, dezenas de pessoas continuavam na fila mesmo depois de o Instituto Nacional de Accção Social (INAS) ter terminado o pagamento das 38 pessoas que constavam da lista.
O posto número oito, por sinal, o último do círculo da Malanga, registou 38 beneficiários, dos quais 34 já receberam ao longo do dia. Os restantes quatro poderão receber o valor se estiverem naquele lugar nesta sexta-feira. Caso não, deverão contactar o Instituto Nacional de Acção Social nos próximos dias.
Entretanto, dezenas de pessoas continuavam na fila à espera de receber o subsídio da COVID-19.
“Desde 5 horas ainda, estou aqui, na fila, e não recebi nada. Estamos aqui até com pessoas idosas e todos ainda não recebemos. Isto é justo?”, questionou Joana Vilanculo, irritada.
“Todos estamos aqui com programa do dinheiro que nos foi prometido. Não há mãe que não tenha plano. Precisamos de pão, arroz e outros bens alimentares para as crianças”, sublinhou Telma Langa, que disse ter ficado na fila durante todo o dia de ontem.
Segundo o porta-voz do Instituto Nacional de Acção Social, um dos problemas da desordem nas filas relaciona-se com o facto de o processo de subsídio ter sido desacreditado inicialmente.
“O processo começou no ano passado e muitas pessoas não levavam a sério. Quero acreditar que, em algum momento, foi desacreditado este processo e, agora em que estamos no processo de pagamento, as pessoas começaram a despertar. Agora, afluem em massa para postos de pagamento”, explicou Cristiano Inguane, Porta-voz do Instituto Nacional de Acção Social
Na segunda fase dos pagamentos, o Instituto Nacional de Acção Social vai distribuir telemóveis aos beneficiários, registo de número de abertura de conta para efectuar o pagamento via telemóveis e evitar aglomerados.