O País – A verdade como notícia

OTM-Central Sindical exige que patrões dispensem funcionários até às 19h00 

A OTM-Central Sindical exige que os patrões dispensem a tempo seus funcionários para que consigam chegar antes das 21h00 às suas casas e cumpram com o recolher obrigatório vigente na região do grande Maputo. Em actividades que seja impossível cumprir com o horário, a organização pede que o patronato dê credenciais aos trabalhadores.

Doze dias depois do Chefe de Estado ter decretado o recolher obrigatório na região metropolitana de Maputo, a Organização dos Trabalhadores de Moçambique – Central Sindical veio a público contestar algumas atitudes que colocam em desvantagem os trabalhadores.

“Apelamos as autoridades policiais, para a fiscalização dos transportes públicos seja feita nos pontos de partida e nas paragens, evitando assim, fazer descer utentes em locais onde não possam ter alternativa de transporte, obrigando-lhes a caminhar longas distâncias para encontrar uma paragem”, começou Joaquim Chacate, secretário-executivo da OTM-Central Sindical na Cidade e Província de Maputo.

Mais do que esta situação, a maior e mais antiga central sindical do país exige que o patronato liberte mais cedo os trabalhadores para que consigam chegar às suas casas antes das 21h00.

“Para que se cumpra o decreto é importante que os empregadores entendam que há necessidade de dispensar os trabalhadores, se possível, às 19h00. Embora saibamos que devido às deficiências no sistema de transporte nas duas cidades, em alguns casos, é impossível chegar à casa às 21h00, mesmo saindo do serviço às 17h00”, disse Joaquim Chacate.

Sem avançar números, a OTM-Central Sindical disse haver muitos trabalhadores que perderam os seus empregos devido à pandemia da COVID-19 e estão na penúria porque a segurança social no país é deficiente.

“Moçambique precisa caminhar para um estágio em que o seguro social, de facto, funcione. Isso de modo que o trabalhador ao perder o emprego, não por culpa do empregador, nem do trabalhador, ele possa ser assistido pelo Estado. Esta é uma realidade que se verifica noutros países”, concluiu.

A organização pediu ainda ponderação das autoridades em relação a alguns serviços como de panificação, táxi, bombas de combustível por serem indispensáveis para as populações. 

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos