O líder da Renamo, Ossufo Momade, diz que a eficácia dos acordos de 6 de Agosto de 2019, que deram início ao processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos guerrilheiros do partido, não reside em assinar o papel, mas em assegurar que haja cumprimento do que foi assinado e na monitoria permanente do discurso acordado.
Momade, que falava na cerimónia de desmobilização do general dos guerrilheiros da Renamo, Timóteo Maquinze Bote Nhate, afirmou que a eficácia dos acordos depende de “actos tangíveis, visíveis e verdadeiros de todas as partes intervenientes” no processo de pacificação do país.
“Reconhecemos o papel crucial das confissões religiosas, da sociedade civil e da comunidade internacional em todos os processos de pacificação no nosso país. À mercê do seu envolvimento directo e construtivo assinamos os Acordos de 4 de Outubro, 5 de Setembro e muito recentemente o de 6 de Agosto”, disse o líder da Renamo.
Para o líder do maior partido da oposição, os acordos “são enfraquecidos pelas grandes fragilidades ao longo da sua implementação, e como dizíamos muito recentemente, isto deve-se às descontinuidades dos processos de pacificação”.
Ainda na sua intervenção, Ossufo Momade apelou aos integrantes da auto-proclamada Junta Militar para aderir ao processo do DDR que lhes permitirá viver e conviver entre irmãos.