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Organizações da Sociedade Civil condenam assassinato de mulheres 

Organizações da Sociedade civil condenam o assassinato de uma mulher a facada, na Matola Rio e a soltura do suposto assassino, que era o marido, mediante o pagamento de caução. A sociedade civil exige justiça. Entretanto, o indiciado foi reencarcerado.

Celina Muiambo é o nome da mulher assassinada, com recurso a uma faca, há cerca de uma semana, na Matola Rio, província de Maputo.

Depois de morta, o corpo foi depositado numa lixeira.

“Só tomamos conhecimento na quarta-feira, quando tentávamos ligar durante a semana para a nossa irmã  e o número encontrava-se desligado. Acabamos ligado para o Edson, que é o esposo da Celina, e ele disse que não a via desde sábado às 23 horas. Questionamos o facto dele não ter dito a ninguém sobre o desaparecimento da sua esposa, daí que começamos a fazer as buscas pelas redes sociais ”, contou uma das irmãs da vítima.

Três dias depois, o corpo foi encontrado pela família na morgue e o marido é acusado de ser o assassino da mulher.

Entretanto, o indiciado terá sido solto após pagar 100 mil meticais de caução.

“Ele foi solto e todos nós ficamos indignados. Pedimos socorro para entender a razão dele ter sido posto em liberdade, depois de tudo aquilo que fez”, acrescentou.

O caso levou a que mais de 50 organizações da sociedade civil se reunissem, esta quarta-feira,  na Cidade de Maputo, para repudiar a soltura do indiciado, mesmo depois de ter confessado o crime.

“E a vida da nossa companheira que se foi? Mas uma vez, o estado moçambicano provou não se importar com a vida humana, especialmente com a das mulheres, reafirmando que a cultura de impunidade está instalada na nossa sociedade e nas instituicoess”, disse Dalila Macuacua, membro de uma organização da sociedade civil.

Apesar de ter sido reconduzido às celas,  a sociedade civil defende que se deve fazer mais, para que a justiça seja feita.

“Que haja a devida investigação, por parte do Conselho Superior de Magistratura Judicial para confirmar se não houve corrupção ou má prática judicial para a libertação de alguém ” disse a activista Quitéria Guirengane.

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