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Organização Nacional dos Professores contradiz-se em relação à greve

Foto: O País

Professores membros da ONP anunciaram greve para o dia 15 de Novembro corrente na Cidade de Maputo e, horas depois, o secretariado da agremiação que anunciou tal manifestação disse distanciar-se de qualquer tipo de greve.

Com a nova Tabela Salarial Única, alguns professores consideram-se desvalorizados e reivindicam justiça salarial.

A Organização Nacional dos Professores, a nível da Cidade de Maputo, reuniu-se, esta sexta-feira, para um consenso junto dos seus associados. Do encontro de debate aceso saiu uma decisão: “Eles muito rapidamente propuseram a paralisação das aulas e subsequentemente a vigia dos exames que se iniciam próxima semana”, revelou Guerra Chidamba, secretariado da Organização Nacional Professores, da Cidade de Maputo.

Caso o Governo não resolva de forma satisfatória as suas reivindicações, os professores associados à ONP, agastados, dizem não ter outro caminho.

“O professor está agastado e precisa da resolução deste problema de uma forma rápida”, lamentou um professor que dá aulas há 17 anos na capital moçambicana.

“Se o Governo não der uma resposta, nós vamos paralisar a vigia dos exames, isso se o Governo não nos responder até ao dia 15 de Novembro”, avisou uma professora do ensino primário, que preferiu não se identificar por temer represálias.

Entretanto, horas depois de conceder entrevista ao “O País”, na presença dos professores associados à ONP, o secretariado executivo da agremiação, na capital, procurou novamente a nossa reportagem, esta sexta-feira, para se distanciar de qualquer greve.

“Achamos inconveniente a atitude negativa destes professores, no âmbito de querer promover uma greve. Achamos melhor que estes colegas tenham calma até que o Governo venha corrigir as inconformidades que constam da Tabela Salarial Única”, disse Guerra Chidamba.

Importa salientar que não é a primeira vez que um grupo de professores ameaça paralisar as actividades no dia de exames. O movimento Professores Unidos, que congrega professores do ensino primário e secundário, também afirma que vai fazer uma greve paralisando actividades no dia 15 de Novembro.

O secretário-geral da ONP, Teodoro Muidumbe, disse, numa entrevista exclusiva ao “O País”, que os grupos de professores que têm surgido nos últimos meses são situacionais e que, assim que for resolvida a questão dos salários pagos pela nova Tabela Salarial Única, vão desaparecer.

Muidumbe reagia ao facto de os professores não concordarem com a ONP, alegando que a mesma serve a interesses partidários e não aos dos professores.

 

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