A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, convocou para esta quarta-feira uma nova manifestação pública contra a decisão do Tribunal Supremo de Justiça de, após investigar possível fraude nos resultados, declarar Nicolás Maduro o vencedor das eleições.
Um mês depois das eleições presidenciais na Venezuela que deram vitória a Nicolás Maduro, o país continua mergulhado nas manifestações promovidas pelos simpatizantes do candidato da oposição derrotado, Edmundo González Urrutia, que afirmam que o antigo diplomata venceu o escrutínio.
“Não apresentaram nem um pedaço de papel e correram para se esconder atrás do seu TSJ submetidos à tirania que não tem vela neste funeral para lavar a cara da sua fraudulenta CNE. Não há maior confissão de derrota.Por isso nos vemos nas ruas nesta quarta-feira, dia 28, em Caracas, no interior, em cidades do mundo todo”, disse esta terça-feira María Carolina Machado.
Alias, ex-deputada e aliada de Urrutia, acusou, num vídeo publicado na sua rede social, os órgão eleitorais Venezuelanos de favorecer o candidato reeleito, Nicólas Maduro. Machado acrescenta que “há um mês depois da nossa gloriosa vitória no dia 28 de julho, quando votamos, ganhamos e recolhemos às nossas atas que demonstram a esmagadora vitória de Edmundo González.”
Urrutia e Machado chegaram a ser ouvidos pelo Ministério público, acusados de usurpação de funções, difusão de informações falsas, incitamento à desobediência da lei e à insurreição e associação criminosa.
Para além de protestos, a declaração de vitória de Maduro originou operações policiais e foram confirmados 27 óbitos e mais de 2.400 detidos.
O Conselho Nacional de Eleitoral local não divulgou os dados somatórios de cada partido, justificando a decisão com um alegado ataque cibernético contra o sistema electrónico de votação, porém dando vitória ao partido de Maduro.