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ONU alerta para agravamento da fome em Gaza

As agências da ONU alertaram para o risco de haver novos registos de níveis catastróficos de fome na Faixa de Gaza e agravamento da crise sanitária na Cisjordânia, neste momento ocupada.

O Programa Alimentar Mundial da ONU disse, na sexta-feira, temer que a fome sentida anteriormente no norte de Gaza regresse, mas agora ao sul do território palestiniano, numa altura de elevadas temperaturas.

Actualmente, um milhão de pessoas, expulsas da cidade de Rafah pela ofensiva israelita, encontram-se numa zona muito congestionada junto à praia, sob o calor escaldante do verão, segundo a agência.

O número de vítimas civis é devastador e o operacional hostil torna quase impossível as operações humanitárias.

Quem também ficou alarmada com o agravamento da crise sanitária na Cisjordânia, devido às restrições, violência e ataques contra infra-estruturas médicas foi a Organização Mundial da Saúde, que apelou à protecção imediata dos civis e do sistema de saúde.

O afluxo de feridos aumenta “o fardo crescente de traumas e cuidados de emergência em estabelecimentos de saúde já sobrecarregados” e que só podem funcionar a 70% da capacidade por falta de dinheiro, lamentou a OMS.

A maioria dos hospitais em Gaza foi destruída e a OMS diz ter registado, também, 480 ataques a instalações de saúde ou ambulâncias na Cisjordânia, até ao dia 28 de Maio, o que causou 16 mortes e 95 feridos.

Desde o início da guerra entre Israel e Hamas, em Outubro passado, 521 palestinianos morreram. Além de dezenas de dezenas de mortes, mais de 5.200 pessoas ficaram feridas na Cisjordânia.

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