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OIM sem meios para apoiar deslocados devido ao terrorismo

A Organização Internacional para as Migrações está a apoiar 22.000 das cerca 100.000 pessoas deslocadas na província de Cabo Delgado devido aos ataques terroristas, mas alertou que está a ficar sem meios.

“Este número alarmante representa a segunda maior onda de deslocamentos em Cabo Delgado desde o início do conflito em 2017, sublinhando o aprofundamento da crise humanitária”, alerta a instituição, referindo-se aos mais de 112.000 deslocados registados na actual vaga de ataques, desde final de Dezembro, dos quais quase 100.000 no último mês.

“Apesar destes esforços”, a OIM, citada pela DW, sublinha que a magnitude da crise continua a ultrapassar os recursos disponíveis, evidenciando uma lacuna que precisa de ser urgentemente colmatada.

No mais recente boletim semanal daquela agência intergovernamental, que a Lusa noticiou no dia 05 de Março, a OIM contabiliza a deslocação de pessoas provocada pelos ataques ocorridos entre 08 de Fevereiro e 03 de Março, sobretudo nos distritos de Chiúre e Macomia, respectivamente com 91.239 e 5.719 deslocados naquele período, sobretudo (62%) crianças (61.492).

“Os ataques e o receio de ataques por parte de grupos armados”, descreve a OIM, verificou-se sobretudo em Ocua, Mazeze e Chiúre-Velho, no distrito de Chiúre, com os deslocados a fugirem para a vila de Chiúre (28.754) ou para Erati, na vizinha província de Nampula (45.957).

No mesmo boletim, citado pela DW, a OIM refere que entre 22 de Dezembro de 2023 e 03 de Março de 2024, “ataques esporádicos e medo de ataques de grupos armados” em Macomia, Chiúre, Mecufi, Mocímboa da Praia e Muidumbe já levaram à fuga de 24.241 famílias, num total de 112.894 pessoas.

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