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Observadores da Sala da Paz e UE consideram ordeiro processo de votação

A plataforma de observação eleitoral conjunta Sala da Paz e a missão de observação da União Europeia dizem que o arranque da votação foi positivo, não obstante o atraso em algumas mesas. Outro facto negativo tem a ver com a troca da posição e em alguns pontos a ausência do partido PODEMOS nos boletins de voto…

Mais de 12 mil observadores eleitorais, dentre nacionais e estrangeiros, estão no país, e, desde as primeiras horas desta quarta-feira, estão com os olhos postos no processo de votação. Através da sua plataforma conjunta de observação eleitoral, a Sala da Paz descreve o arranque do processo como positivo, não obstante a ocorrência de alguns ilícitos.

“Esta caracterização foi feita em 2.982 mesas, correspondente a 91,6% das mesas visitadas. Relativamente aos restantes 273, ou seja, 8,4%, o ambiente foi caracterizado por morosidade das filas, alguma desorganização por parte dos MMV, insuficiência do material de votação que propicia o atraso na abertura da mesa, eleitores que buscam reservar espaço nas filas para pessoas ausentes e tentativas de obstrução da fila por eleitores alegadamente apressados”, explica a Sala da Paz.

Das várias incidências partilhadas pelos observadores da plataforma conjunta Sala da Paz, espalhados pelo o país e não só, destacam-se a troca de posição ou mesmo inexistência do partido Podemos nos Boletins de votos.

“Alguns partidos políticos, como o Podemos, não se encontram nas posições inicialmente previstas nos boletins de voto, que eram 17, em Nampula, surgiu como 16 em Cabo Delgado. Para além disto, na escola primária de Umcovo, na mesa nº 0100604, eleitores reclamaram da falta de nome na lista e a única informação fornecida é que não podiam votar”, lamentou a fonte.

Com vários observadores distribuídos em todo o país, a União Europeia também classifica de ordeiras as primeiras horas deste processo eleitoral, não obstante alguns problemas de manuseamento de material eleitoral por parte dos MMV.

Segundo disse Laura Ballarin, Chefe da missão, a UE não notabilizou nenhuma incidência que mereça destaque, entretanto, no início da manhã, “as nossas equipas enviaram os formulários de 74 mesas de voto e a nossa equipa central esteve a analisar estes formulários. Com estes resultados, a Missão observou que a maior parte das mesas de voto abriram a horas ou com algum atraso por ausência de material ou alguma falta de organização de mesas”.

Constituídos em plataformas conjuntas e não só, os observadores continuam no país a fazer o seu trabalho, que é verificar o processo eleitoral e prometem depois disso emitir as suas opiniões.

 

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