As obras de requalificação da Estrada Nacional Número Um (EN1) podem não arrancar ainda este ano, pois, segundo Carlos Mesquita, o concurso para a contratação do empreiteiro será lançado no próximo trimestre. O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos aponta limitações financeiras e desastres naturais como factores que contribuíram para o fracasso dos objectivos do sector no quinquénio prestes a terminar.
Depois de falhar em Maio, Carlos Mesquita prometeu o arranque das obras de requalificação e reabilitação da EN1 para Outubro e Novembro do presente ano, mas tal pode vir a não se efectivar, a avaliar pelo período em que será lançado o concurso para a contratação do empreiteiro. Segundo o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, o processo será lançado no último trimestre do ano.
“Apraz-nos informar que está para o próximo trimestre o lançamento do concurso para a selecção dos empreiteiros que vão reabilitar os troços contemplados na primeira fase de reabilitação da EN1, com um total de 508 quilómetros, que abrange os troços Inchope-Gorongosa, Caia, Chimuara-Nicoadala e Metouro, em Pemba”, informou Carlos Mesquita, durante a abertura do X Conselho Coordenador, que decorre na Província de Maputo.
Há quatro meses para o término do presente mandato, o Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos ainda tem muito que fazer. Entretanto, Mesquita aponta limitações financeiras como elemento que pesou para o não alcance dos objectivos.
“Nos últimos cinco anos, temos enfrentado diversos desafios nas áreas de estradas e pontes, recursos hídricos, águas, saneamento e habitação, a insuficiência dos recursos financeiros, a ocorrência dos eventos naturais extremos como chuvas intensas e o fenómeno El Nino que têm sido obstáculos significativos. No entanto, com esforço e dedicação conseguimos realizar grande parte das tarefas que nos propusemos”, afirmou Mesquita.
Não obstante estas adversidades, houve alguns avanços durante os últimos cinco anos, segundo o dirigente. Mesquita nomeia alguns exemplos. “A ponte sob o Rio Metuchira, com quatro metros de comprimento, faz parte de um conjunto de cinco pontes, quatro das quais as suas zonas da sua construção estão substancialmente concluídas. Falta apenas pequenos acabamentos sob o Rio Nhandue, infra-estrutura com 184 metros, no distrito de Gorongosa. Falamos ainda de Nhancule, com 46 metros, no distrito de Chemba; Zimbue que tem 45 metros, e outra ponta com 62 metros em Chibabava.”
Quadros do sector de águas, obras públicas, recursos hídricos e habitação estão reunidos no X Conselho Coordenador, na Província de Maputo. Durante dois dias, os mesmos irão avaliar o desempenho das acções implementadas e emitir recomendações para o próximo ciclo governativo.