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O pedido de José Eduardo Agualusa: turistas (moçambicanos) visitem Ilha de Moçambique

O escritor angolano, José Eduardo Agualusa, defendeu, esta quarta-feira, na sede do Moza Banco, em Maputo, que a Ilha de Moçambique precisa de voltar a ter turistas para ultrapassar o momento difícil que enfrenta.

 

Gombe é o nome do ciclone que, recentemente, afectou o Norte do país. Quanto o fenómeno natural chegou à costa de Nampula, José Eduardo Agualusa encontrava-se na Ilha de Moçambique, onde vive. “Estava lá nessa noite do ciclone. Foi pior do que imaginávamos que seria. Por outro lado, não foi tão mau quanto se previa do início”, lembrou o escritor angolano, esta quarta-feira, acrescentando que foi uma tragédia muito grande, sobretudo para as famílias mais carenciadas da Ilha.

Considerando a situação das populações que passam por dificuldades, José Eduardo Agualusa resolveu chamar atenção para a necessidade de se voltar a ter turismo na Ilha de Moçambique, porque aquele lugar e boa parte das pessoas que lá moram dependem do turismo.

Num contexto em que o turismo nacional perdeu muita gente no Norte do país, devido ao terrorismo e ao impacto negativo da COVID-19, Agualusa adiantou que tem visto a Ilha a cair e as pessoas a sofrerem mais. De seguida, avisou: “Se não  ajudarmos, pode ser uma machadada à Ilha. E a forma de ajudar é visitando a Ilha, fazendo turismo”.

Na óptica do escritor angolano, em primeiro lugar, é preciso que os moçambicanos descubram a pérola e o território extraordinário, carregado de história, que é a Ilha de Moçambique. “Conheci a Ilha, primeiro, através da poesia, porque é uma ilha de poetas. Luís Vaz de Camões viveu lá dois anos e, talvez, tenha terminado Os lusíadas na Ilha. Bocage também lá viveu. Depois, há uma série de autores moçambicanos, desde Craveirinha, Mia a Nelson Saúte, que escreveram na Ilha ou sobre a Ilha. Praticamente, todos os poetas moçambicanos proeminentes escreveram na Ilha ou para Ilha”.

Além de convidar os moçambicanos a visitarem a Ilha de Moçambique, Agualusa fez o mesmo em relação a todos cidadãos estrangeiros, afinal, a Ilha é um Património Mundial da Humanidade pela UNESCO.

Agualusa referiu-se à urgência de a Ilha de Moçambique voltar a receber turistas esta quarta-feira, no lançamento das comemorações dos 40 anos de carreira de Stewart Sukuma, na Cidade de Maputo. Na sessão, leu um poema dedicado, claro está, à Ilha de Moçambique.

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