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“O Governo deve estimular o investidor interno a produzir para abastecer o mercado local”

O economista João Mosca defende que o Governo deve desenhar políticas públicas que estimulem o investidor interno para produzir com objectivo de abastecer o mercado local e reduzir os índices de prevalência da desnutrição.

De acordo com o relatório sobre a situação da nutrição no mundo lançado esta quarta-feira, em Maputo, pela Comissão Eat Lancet, mais de 820 milhões de pessoas passa fome, e as demais têm uma dieta deficitária.

Em meio a essas milhões de pessoas, está Moçambique que ainda tem uma taxa de desnutrição crónica que ronda em torno de 43% e a insegurança alimentar segue com 24%.

O mesmo relatório avança que a redução da desnutrição crónica e promoção de uma dieta alimentar segura e saudável no mundo, passa por atacar cinco aspectos, nomeadamente: (Procurar obter um compromisso internacional e nacional para mudar para dietas saudáveis, Reorientar as prioridades agrícolas de produção de grandes quantidades de alimentos para produzir alimentos saudáveis, Intensificar de maneira sustentável a produção de alimentos para aumentar a produção de alta qualidade, Governança forte e coordenada da terra e dos oceanos, Reduzir pelo menos pela metade as perdas e os desperdícios de alimentos).

Para o caso específico de Moçambique, o relatório não determina que medidas devem ser adoptadas para reverter o cenário, mas o economista João Mosca, propõe a criação de políticas públicas que possam por estimular o pequeno agricultor a produzir para abastecer o mercado interno, uma vez que mais de 90 por cento da produção de alimentos no país provém dos camponeses.

Além de investir no pequeno agricultor, João Mosca diz que é preciso que se aumente o rendimento das pessoas, sobretudo nas zonas rurais, para que a possam ter dieta saudável.

O economista alertou, igualmente, para a criação de políticas que possam conter o crescimento populacional que não está a acompanhar o lento crescimento económico.

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