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Mais de 3400 ex-guerrilheiros da Renamo já recebem pensões

O Presidente da República garante que mais de 3400 ex-guerrilheiros da Renamo estão a receber subsídio de pensão no âmbito do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração. Diz também que que até 20 de Maio tinham sido realizadas campanhas de registo tendo sido recebidos, no total, 4215 pedidos dos cerca de 5200 homens da Renamo.

Mais de mil Militares juraram, na sexta-feira (7), diante da bandeira e do Comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança, que nada estará acima da honra e defesa da Soberania do estado moçambicano.

O Juramento de Bandeira, que marca o encerramento do 53 cursos de instrução básica militar, é o acto mais solene e significativo para um jovem que decide abraçar a vida militar, por isso, o Presidente da República, Filipe Nyusi, que orientou a cerimônia, que aconteceu na Escola Prática do Exército de Munguine, no distrito da Manhiça, exigiu maior comprometimento dos militares prontos.

Nyusi disse que “um soldado pronto não escolhe a sua missão”. Foi nesta ocasião que o Presidente da República fez uma actualização sobre o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração dos ex-guerrilheiros da Renamo.

“Até o dia 20 de maio do corrente ano, foram realizadas as campanhas de registro dos beneficiários nas províncias de Sofala, Manica, Tete, Zambézia, Nampula, Niassa e Cabo Delgado, o que resultou a recepção de um total de 4.215 pedidos dos 5.221 processos esperados”.

De acordo com Nyusi, dos pedidos recebidos, foram remetidos ao Instituto Nacional de Previdência Social 4.124 processos, encontrando-se pendentes para a verificação de dados só coerentes. “4.124 processos, não disse do total, mas dos remetidos, foram fixadas 3.989 pensões, das quais 3.521 já avisadas pelo Tribunal Administrativo”, referiu-se.

Filipe Nyusi diz estar a prestar esta informação publicamente para evitar que “os que vivem bem” propalem desinformação sobre os que passam dificuldades.
Sobre a cerimónia que orientava em Munguane, Nyusi desafiou os formandos a serem firmes perante desafios como terrorismo.

“Estamos aqui porque queremos que os alicerces das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, que são os praças que aqui se graduam, sejam firmes e inabaláveis às ameaças como o terrorismo, a agressão armada ao nosso país e a todo tipo de crimes. Viemos aqui para preparar o primeiro combate destes jovens, uma operação que não pode falhar, uma vez que, o primeiro combate será sempre a sua referência de audácia para toda a vida profissional”.

O primeiro combate, recorda o comandante-chefe das FDS, pode ser no mar, no espaço ou no ar, ou em terra. “Pode ser na logística, no centro de saúde ou na proteção de diferentes objetos. O primeiro combate pode ser num ataque, na defesa de uma base ou na sua própria trincheira. Pode ser amanhã ou mesmo pode ser hoje. Estamos aqui porque valorizamos o Praça como classe sem a qual nunca lograríamos formar forças armadas modernas, profissionais, patrióticas, altamente disciplinadas e, incondicionalmente, empenhadas na defesa da pátria”.

No final da cerimônia houve demonstrações táticas e dança à mistura.

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