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Nyusi convida economias do G-20 a investirem na industrialização

Foto: GPR

O Presidente da República interveio hoje, em formato virtual, na Cimeira Global Vozes do Sul, e, além de “vender” as potencialidades do país, defendeu que os investimentos dos países membros do G-20 nas economias em desenvolvimento devem centrar-se na industrialização.

Numa cimeira virtual que juntou “países que partilham um legado histórico”, o Presidente da República, Filipe Nyusi, disse que é desejo de Moçambique “ver aumentado o investimento e acesso aos recursos financeiros e tecnológicos centrados no desenvolvimento de recursos humanos e que os investimentos externos dos países desenvolvidos contribuam para a transformação das economias dos países em desenvolvimento, através da industrialização e acrescentado valor aos recursos naturais de que os países dispõem”.

O Chefe de Estado foi convidado pelo Primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, país que actualmente lidera o G-20, o grupo das 20 maiores economias do mundo, e partilhou que “Moçambique está em processo de transformação estrutural da sua economia”, através da expansão e diversificação da base produtiva com o objectivo de “impulsionar o desenvolvimento e elevar as condições de vida da população”.

Num evento presenciado pela Índia e outros Estados, instituições públicas e privadas, académicos e representantes da sociedade civil participantes, Nyusi reiterou que o país “detém potencialidades na agricultura, energia, indústria extractiva e transformadora e prestação de serviços variados, incluindo os de transporte e comunicações, bem como de turismo de sol, areia e mar, com abundantes reservas de flora e fauna marinhas e terrestres”.

Mas foi nos hidrocarbonetos que centrou parte da sua exortação aos investidores, destacando as importantes reservas de gás natural, na Bacia do Rovuma, e a entrada do país, em Novembro de 2022, no grupo de países exportadores de Gás Natural Liquefeito.

“Adicionam-se as enormes potencialidades de geração de energias renováveis, entre as quais a hídrica, a solar e a eólica. O país dispõe, também, de importantes minérios como o carvão, o grafite, reservas de areias pesadas e outros recursos minerais de elevado valor comercial, tais como ouro, diamantes, rubis e outras pedras preciosas”, apresentou o Chefe de Estado.

Uma vez que o evento visava consensualizar ideias para aumentar a expressão dos países do sul do equador, o Presidente da República explicou que o país tem “conjugado as suas enormes potencialidades com as oportunidades económicas decorrentes da sua localização geoestratégica na África Austral, na orla do oceano Índico, com o canal de Moçambique a constituir uma rota estratégica de comércio regional e internacional, incluindo os países do interior”.

Nyusi terminou clarificando que faz parte dos interesses de Moçambique “desenvolver e fortalecer a cooperação internacional, parcerias produtivas que contribuam para acrescentar valor, transformando os recursos dentro do país e para acelerar o crescimento económico do país e ao nível global”, tais acções têm como finalidade, segundo o Estadista, “melhorar as condições de vida das populações, passando pelo desenvolvimento do capital humano”.

 

 

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