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Nyusi considera que Forças Armadas continuam a dar o seu melhor na defesa da pátria

O Presidente da República dirige, desde a manhã de hoje, as cerimónias centrais alusivas à celebração dos 60 anos das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM). Nesta ocasião, as actividades incluem a deposição de uma coroa de flores na Praça dos Heróis, o descerramento da lápide inerente à requalificação do monumento e estátua Eduardo Mondlane, demonstrações militares e condecoração de entidades nacionais e estrangeiras que muito contribuíram para a independência de Moçambique.

No seu discurso proferido na Avenida 10 de Novembro, na Cidade de Maputo, Filipe Nyusi disse que as Forças Armadas continuam a dar o seu melhor na defesa da pátria moçambicana. Segundo disse o Presidente da República, as Forças Armadas têm estado a cumprir a sua nobre missão de manter a paz e a integridade territorial. Por isso, as várias actividades levadas a cabo, esta quarta-feira, pretendem ser “uma vênia à heróica Geração de 25 de Setembro”.

As celebrações do 25 de Setembro deste ano decorrem em diferentes espaços da Cidade de Maputo. No Bairro do Alto-Maé, durante a manhã, foi descerrada a lápide alusiva à requalificação do monumento e estátua Eduardo Mondlane. Segundo o Presidente da República, o acto enquadra-se no centenário do primeiro Presidente da Frelimo, o que não aconteceu em 2020, conforme se pretendia, devido aos efeitos da COVID-19.

Com a nova imagem do monumento e estátua Eduardo Mondlane, pretende-se enaltecer aquele que fundou a Frelimo em 1962 e, que, dois anos depois, 1964, conduziu a luta armada de libertação nacional.
Filipe Nyusi saudou a todos os moçambicanos e “os bravos compatriotas dignos da Geração 25 de Setembro, que continuam a dar o seu melhor na defesa da pátria, mantendo-a indivisível”.

Neste princípio de tarde, Nyusi lembrou que a luta armada de libertação nacional arrancou com 250 guerrilheiros treinados na Argélia e noutros países amigos. Em 1964, os guerrilheiros moçambicanos enfrentaram a tropa colonial constituída por aproximadamente 35 mil homens bem equipados.

Não obstante a coragem dos moçambicanos, Nyusi manifestou um reconhecimento especial às forças de defesa de Ruanda, Tanzania e da SADC, pelo apoio no combate sem trégua ao terrorismo em Cabo Delgado. De igual modo, o Presidente da República agradeceu à Missão da União Europeia, pela formação e monitoria e apoio logístico não letal no combate ao terrorismo.

No sentido inverso, Filipe Nyusi lamentou o facto de alguns compatriotas continuarem enganados, encabeçando acções terroristas em Cabo Delgado. De seguida, o Presidente disse que os terroristas encontram-se confinados em algumas áreas do Distrito de Mucojo e que a qualquer momento as tropas moçambicanas vão controlar completamente a região. “Estamos perante o combate contra o terrorismo que, em Moçambique, não deixa clara as suas intenções. A população deve continuar vigilante e evitar colaboração com terroristas”, aconselhou.

Para Nyusi, a grande preocupação é a fonte de financiamento de acções terroristas, que, em parte, provém do Estado Islâmico.

Nas cerimónias centrais alusivas ao 25 de Setembro foram distinguidas algumas personalidades e entidades nacionais e estrangeiras, nomeadamente: António Hama Thai, Paulino Macarringue, Eugénio Hussein Mussa (a título póstumo), Forças Armadas de Defesa de Moçambique, Polícia da República de Moçambique e Serviço de Informação e Defesa do Estado, com a Ordem Militar 25 de Setembro Primeiro Grau; forças defesa do Botswana, do Lesoto, da África do Sul e da Tanzania, com a Ordem Militar 25 de Setembro do Segundo Grau; Inocente Tandane, Mateus Ngonhama (a título póstumo) e Raul Dique, com a Ordem Militar 25 de Setembro do Terceiro Grau; e, entre outros, Jorge Khalau e Luís Manuel General, com a Medalha Veterano de Luta de Libertação de Moçambique.

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