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Nyusi condena os golpes de Estado que ocorrem em África

O Presidente da República diz que Moçambique deve aprender, do zimbabwe, a realizar eleições num ambiente de paz. Filipe Nyusi, que falava hoje, depois da investidura do seu homólogo Emmerson Mnangagwa, condenou ainda a realização de golpes de Estado em África.

O Presidente da República participou, esta segunda-feira, em Harare, no Zimbabwe, na cerimónia oficial de investidura do Presidente reeleito, Emmerson Mnangagwa.

No balanço da sua visita àquele país, Filipe Nyusi voltou a condenar a ocorrência de golpes de Estado em África e apelou ao respeito à vontade popular.

“Não se compreende muito bem porque é que essas coisas acontecem, porque, nesses países onde acontecem, os Governos foram eleitos democraticamente. Mas a lição que podemos aprender do Zimbabwe é esta: foram às urnas, eleger (seu Presidente), não houve pancadaria durante as eleições, não ouvi dizer que houve reclamações, talvez ainda possam aparecer, mas me parece que o tempo já se esgotou). É assim como as pessoas que têm experiência nas eleições devem viver”, disse Filipe Nyusi.
Aos países do mundo, o Chefe de Estado moçambicano apela para o reforço do pedido de retirada das sanções económicas a que o Zimbabwe é sujeito, desde 2001, devido à má governação.

“As sanções para o Zimbabwe devem terminar, porque o povo Zimbabweano precisa de se desenvolver, precisa de trabalhar com outros povos, e pensamos que não existe um castigo mortal que um povo pode sofrer durante anos e anos. O apelo é que isto um dia tenha que terminar”, disse Nyusi.

No entanto, apesar do bloqueio, Nyusi diz que o país tem sabido aproveitar os recursos que possui.
“Em muito pouco tempo, já está a produzir trigo e prepara-se para vender fora, o que não era habitual. Zimbabwe está a exportar milho. Portanto, os problemas essenciais estão a ser tocados, e tem estado a trabalhar com Moçambique nas questões energéticas, mas ele não quer cometer erros que outros países cometem, esperar um momento certo. Neste momento, está a trabalhar na fundição do aço, e já avalia formas de como aumentar o processo de produção de energia. Mas eu acredito que, a qualquer momento, eles vão colocar o projecto em andamento”.

Emmerson Mnangagwa foi reeleito para o segundo mandato de governação com 53% dos votos, contra 44% do opositor Nelson Chamisa, da Coligação de Cidadãos para a Mudança.

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