O território chinês é hoje considerado a área de transmissão activa do Coronavírus devido aos 4.537 mil casos da doença confirmados até ao momento.
A cidade de Wuhan é apontada como sendo o ponto de origem do surto, coronavírus. Trata-se de uma das cidades menos conhecidas que Pequim ou Xangai, mas fica no coração do país. É um movimentado ponto de ligação de viagens internas e tem voos directos para várias partes do mundo, como Londres e Nova York. Nomeado oficialmente de 2019-nCoV, o novo coronavírus é similar a outros dois identificados nas últimas décadas.
Um deles foi responsável por causar a Síndrome Respiratória Aguda Grave, e matou 774 das 8.098 infectadas em uma epidemia que começou na China em 2002.
Outro esteve por trás da Síndrome Respiratória do Oriente Médio, que matou 858 dos 2.494 pacientes identificados com a infecção desde 2012 nesta região do mundo.
Dados da Organização Mundial da Saúde, que estão em constante actualização, indicam que até o dia 28 de Janeiro, terça-feira, dos 4.593 casos confirmados em todo o mundo, 4.537 foram confirmados só na China. OMS indica ainda que cerca de 6.973 casos são suspeitos, 976 pessoas estão em estado grave e houve 106 pessoas morreram pela doença, todas na China.
Entretanto os dados da Comissão Nacional de Saúde da China, divulgados em comunicado apontam que até a madrugada desta quarta-feira haviam 132 mortos, quase 6 mil casos de infectados e outros 9.239mil casos suspeitos só na China continental. A província chinesa de Hube com 60 milhões de pessoas, cuja cidade é Wuhan, teve de ser isolada.
O Coronavírus causa infecção respiratória aguda. Os sintomas começam com uma febre, seguida de tosse seca e, depois de uma semana, leva a falta de ar. Ainda não há cura nem vacina para a doença.
Presume-se que a doença tenha tido disseminação rápida pelo facto do seu surgimento ter coincidido com o festival do Ano Novo Chinês, um dos períodos em que mais há viagens internas na China.
Da cidade de Wuhan, onde vivem 11 milhões de pessoas, a doença se espalhou para cidades vizinhas e outras províncias. Fora da China, estima-se que 56 infecções foram confirmadas em 14 países vizinhos, como Japão, Taiwan, Nepal, Tailândia, Vietnã, Coreia do Sul e Singapura. Também foram confirmados casos na Austrália, nos EUA e na França.
O atendimento clínico de pacientes que se suspeita ou confirme-se que tenham o vírus segundo a OMS deve se concentrar no reconhecimento precoce, isolamento imediato, implementação de medidas apropriadas de prevenção e controlo de infecção e prestação de cuidados.
Os países com casos confirmados e suspeitos tem estado a reforçar as medidas de controlo nos aeroportos, e nas fronteiras que passam pelo cancelamento de voos ou interdição de emissão de vistos para China.