As inundações e deslizamentos de terra que afectam a província de KwaZulu-Natal, no Leste da África do Sul, desde semana passada, já mataram 443 pessoas. De acordo com os dados actualizados, este domingo, pelas autoridades locais, o número de vítimas mortais subiu de 395 para 443 e 63 pessoas continuam desaparecidas, escreve o Observador que cita Lusa.
A maioria das vítimas é da região de Durban, na costa leste do país, onde fortes chuvas têm vindo a causar inundações e deslizamentos de terras.
A destruição já deixou mais de 40 mil pessoas desabrigadas, interrompeu a distribuição de energia e água e suspendeu as operações num dos portos mais movimentados da África, o da cidade de Durban.
A chuva continua a cair em alguns lugares, mas de forma insignificante em comparação com os dias anteriores, alertou o Instituto Nacional de Meteorologia.
“O risco de inundações é hoje baixo em KwaZulu-Natal. A precipitação se dissipará completamente entre quarta-feira e o fim da próxima semana”, disse Puseletso Mofokeng, do Instituto Nacional de Meteorologia, citado pelo Notícias ao minuto.
Nos últimos dias, ministros e líderes tradicionais têm estado no terreno a avaliar a extensão dos danos e a apoiar os enlutados.
Segundo a Agência France-Presse (AFP), citada pelo Observador, há famílias dizimadas, que perderam vários membros em poucos segundos. Há também menores que afogaram-se ou foram enterrados em deslizamentos de terra.
Robert McKenzie, que faz parte da equipa de socorro disse, segundo o Observador, que o número de casos relacionados com inundações diminuiu.
Dados oficiais indicam que cerca de 340 membros dos serviços sociais foram destacados para prestar apoio psicológico nas áreas afectadas. Os produtos alimentares, uniformes escolares e cobertores ainda estão a ser distribuídos.
Mais de 250 escolas foram afectadas, quase 4.000 casas arrasadas e mais de 13.500 danificadas. Também muitos hospitais foram danificados.
As autoridades estimam centenas de milhões de euros de prejuízos, numa região que já tinha sido destruída em Julho, durante uma onda de tumultos e pilhagens.
Estão a ser recolhidas doações de todo o país, incluindo dos postos de bombeiros, e o Governo já anunciou 63 milhões de ajuda do fundo de emergência.
Em comunicado, o presidente Cyril Ramaphosa informou na noite de sábado que adiou a viagem de trabalho que faria à Arábia Saudita e vai concentrar seu trabalho no desastre e fará uma reuniao com ministros para avaliar a resposta à crise.