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Novo director-geral do STAE: Lutero Simango defende respeito pelas normas estabelecidas pela lei

Foto: O País

O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) defende que o novo director-geral do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) deve sair das normas já estabelecidas por lei. Lutero Simango diz não fazer sentido propor votação ou regras à margem do referido instrumento legal.

Lutero Simango diz que a indicação do novo director-geral do STAE deve ser na base do que a lei prevê e não pelo desejo de uma força política que pretenda fazer ao seu belo prazer, impondo regras  em questões sensíveis  como  as eleições. Simango fala da revisão profunda do pacote eleitoral como forma mais acertada para redefinir as regras para o bem do país.

“Estou convicto, e creio que todos os moçambicanos de boa vontade, neste momento, vão defender a necessidade e a urgência de reformular estas regras. Nós precisamos de uma revisão profunda do nosso pacote eleitoral. É preciso definir as regras. Nós podemos falar e gritar, mas isso não vai resolver o problema”, advertiu o presidente do MDM.

Quanto ao que a Frelimo propõe na CNE, a questão da votação, Simango diz que “a lei e as regras estão aí e devem ser cumpridas. Será que a lei obriga à votação? Por isso, defendemos a necessidade de se buscar consensos. Se nós queremos construir a nossa sociedade moçambicana e o nosso Estado, temos que ir para o caminho de consensos. O país está a precisar de consensos, só assim é que podemos garantir a estabilidade política e económica. O desafio é este: os que governam o país devem começar a perceber que estão a levar Moçambique ao abismo ao querer impor regras anti-democráticas”.

ATAQUES TERRORISTAS EM NAMPULA 

Lutero Simango condenou com veemência as incursões dos terroristas que atacaram os distritos Érati, na noite da última sexta-feira, e Memba, na madrugada de domingo e terça-feira.

No entanto, Lutero Simango referiu que “nós já tínhamos dito  há  tempo que o problema de Cabo Delgado não se resolve só com medidas militares, nós temos que encontrar medidas económicas e sociais”, alertou Simango, para quem “enquanto persistir a má governação e a teia alargada de corrupção generalizada,  o país sempre vai viver em conflitos”.

Lutero Simango acrescenta que “o nosso desafio, como moçambicanos, é dar espaço à juventude e às populações que estão em volta dos grandes projectos no país”.

O líder do partido do galo está em trabalho político na Zambézia, tendo participado nas cerimónias do dia 7 de Setembro, Dia da Vitória, que marca a assinatura dos Acordos de Lusaka. Governantes e forças políticas estiveram na Praça dos Heróis em Quelimane.

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