Nos últimos meses, a sala de cuidados intensivos do Hospital Central de Nampula esteve a beneficiar-se de obras de reabilitação e equipamento, e a partir desta quarta-feira, passou a entrar em funcionamento, contando com 12 camas e mais uma especializada para pacientes que simultaneamente precisam de fazer hemodiálise devido à insuficiência renal.
“Não tínhamos equipamento que faz hemodiálise ao nível de cuidados intensivos, o que quer dizer que aquele doente que tiver alguma falha muito orgânica ou falha de insuficiência renal aguda naquele momento que inclusive está entubado era necessário transferir para outra sala e agora não vai ser necessário porque esse equipamento já está dentro da sala de cuidados intensivos. Em termos de laboratório, aquilo que não tínhamos, é o equipamento de gasometria e é extremamente importante para uma sala de cuidados intensivos. O que quer dizer que os medicamentos que administramos, o equilíbrio dos soros tem que ser avaliado se esse soro está a entrar na qualidade que é necessária ou não e esse equipamento dá-nos a possibilidade de dizermos em cinco minutos que a qualidade do soro ou do medicamento que estamos a colocar está elevada e temos que reduzir”, explicou Cachimo Mulina, director do Hospital Central de Nampula, falando aos jornalistas ao lado do secretário de Estado na província de Nampula, Jaime Neto, que acabara de visitar a nova sala de cuidados intensivos.
Neto esteve atento à explicação dada pelos médicos nacionais e estrangeiros que estavam a prestar serviços de saúde a uns pacientes que estavam na altura a receber cuidados intensivos. Foi-lhe transmitido que o equipamento é mesmo de ponta e vai ajudar qualitativamente na prestação de cuidados de saúde naquele que é o hospital-escola e de referência em toda a zona Norte do país, por isso mesmo recebe casos complicados referenciados das províncias de Niassa, Cabo Delgado e parte da Zambézia.
“É uma sala que dispõe de equipamento que muito rapidamente pode fazer o diagnóstico das doenças, mas também pode recuperar aqueles que tenham traumas de origem diversa. Mais uma vez, nota-se a preocupação que o Governo tem, de facto, de melhorar as condições de todos”, referiu Jaime Neto, que à nossa pergunta sobre a sua apreciação em relação ao funcionamento daquele hospital se mostrou mais tranquilo.
“A informação que tenho e aquilo que vejo é que os médicos estão a trabalhar. Nós temos aqui no hospital acima de 300 médicos e aqueles que não estão presentes hoje são 37. Queremos saudar a toda a equipa médica que está presente e que está a trabalhar e está a cumprir o seu papel de curar os doentes. Em relação aos outros que faltaram, acredito que brevemente hão-de vir porque o Governo está continuamente a criar condições para que possam trabalhar em ambientes seguros com equipamento que possa facilitar o diagnóstico de doenças”, concluiu o secretário de Estado.
Na ocasião, foi entregue, igualmente, uma ambulância que diferentemente de outras está equipada com meios que permitem a reanimação ambulatória de um doente que esteja numa situação de perda de sinais vitais.