Moçambique poderá receber no próximo ano, seis milhões de doses da vacina contra COVID-19, no âmbito do mecanismo de solidariedade coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Neste momento, o Ministério da Saúde (MISAU) trabalha na definição dos requisitos de quem deve beneficiar da vacina.
Com o mundo inteiro a fazer contas ao tempo para a chegada da vacina, o Ministro da Saúde anunciou no parlamento, as contas das perspectivas em Moçambique. De acordo com o ministro da Saúde, Armindo Tiago, está aberta uma janela de esperança do país também beneficiar da futura vacina.
“Neste momento, Moçambique e outros países fazem parte de uma iniciativa global conhecida como de COVAX que, entre outras vantagens, vai permitir, primeiro, o acesso rápido e equitativo a vacinas seguras, eficazes e pré-qualificadas pela OMS. Segundo, este mecanismo vai garantir que cada país receba 20 por cento de dozes para vacinar até 20 por cento da sua população. Para os cálculos que nós fizemos, Moçambique receberia, neste momento, seis milhões de doses”, explicou Armindo Tiago.
Com estas perspectivas já reais, o MISAU trabalha, agora, na definição dos critérios para os grupos prioritários a beneficiários da vacina.
“O ministério está a definir os requisitos e condições para a definição dos grupos a serem a serem vacinados e ainda o processo da estratégia da vacinação nacional”, realçou Armindo Tiago.
Apesar desta luz no fundo do túnel, o governante alerta para a necessidade de gestão de expectativas.
“É fundamental que não se criem falsas expectativas em relação à vacina da COVID-19 e, por isso, é fundamental que se recomende a manutenção das medidas que até agora deram possibilidade de Moçambique controlar a pandemia da COVID-19”, orientou.
Outro dado revelado pelo ministro é que Moçambique já atingiu o pico da pandemia e reclama vitória da estratégia adoptada para combater a pandemia.
“Foram atingidos os dois objectivos fundamentais no início da epidemia: O primeiro, demorar o pico da pandemia, inicialmente as estimativas diziam que era Abril, depois foram calculadas para Junho, mas Moçambique conseguiu atingir o pico em Outubro. Portanto, este objectivo foi integralmente alcançado”, salientou Armindo Tiago.