Explosões supostamente provocadas por um drone (aviões não tripulados) atentaram contra Nicolás Maduro, Presidente da Venezuela, neste sábado, durante a cerimónia de celebração do 81.º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana.
O acto, que decorria na Avenida Bolívar de Caracas, estava a ser transmitido em simultâneo e de maneira obrigatória pelas rádios e televisões venezuelanas.
No momento em que Nicolás Maduro anuncia que tinha chegado a hora da recuperação económica ouviu-se uma das duas explosões que ocorrerram, que fez inclusive vibrar a câmara que focava o chefe de Estado, segundo noticia, Notícia ao minuto.
Sete pessoas foram feridas durante o atentado.
Horas após o atentado, Maduro voltou à televisão estatal, para responsabilizar aos seus opositores pelo ataque. "Tudo aponta para a extrema-direita venezuelana, em aliança com a extrema-direita colombiana e tenho a certeza que Juan Manuel Santos está por detrás deste atentado", denunciou Maduro.
Por outro lado disse esperar que o Presidente norte-americano, Donald Trump, entre outros, colaborem com a Venezuela, porque, segundo Maduro, as primeiras investigações indicam que vários dos responsáveis intelectuais e financeiros do atentado vivem na Florida. "Espero ter a colaboração dos Governos do continente, onde estão parte destes redutos da extrema-direita fascista", frisou Maduro, segundo a Reuters.
O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia divulgou um comunicado dizendo que nega as acusações, considerando algo sem fundamento.
Movimento soldado de Flanelas reivindica o ataque
Um grupo conhecido por Movimento Soldados de Flanelas (MSF) reivindicou a responsabilidade pelo ataque. Em uma série de postagens nas redes sociais, o grupo disse que planejava voar com dois drones, mas que os atiradores atiraram neles.
“Nós demonstramos que eles são vulneráveis. Não tivemos sucesso hoje, mas é apenas uma questão de tempo ", disse o grupo, segundo a BBC news.
O MSF é um grupo subversivo criado em 2014 e que pretende agrupar todos os grupos de resistência venezuelanos, para fazer uma luta contra a suposta ditadura, vivida na Venezuela.