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Niassa poderá ter fábrica de ração no próximo ano

A empresa AC Matama investiu 5.5 milhões de dólares, em 2012, para produzir soja e milho no Niassa, principais matérias-primas que alimentam a sua fábrica de ração implantada em Nampula.

A AC Matama importava a soja da Índia e da Argentina, mas desde 2014 que a empresa produz o suficiente para abastecer a fábrica de Nampula.

O projecto cobre uma área de 3.800 hectares, mas por enquanto, a empresa explora 1500 hectares, com mais de 150 trabalhadores. A escolha de Niassa para produzir soja foi devida às características agroclimáticas da província, que são ideias para produção desta cultura.

Futuramente, a AC Matama quer fechar a cadeia de valor da soja no Niassa, para encerrar a fábrica de Nampula. Isto, além de produzir a soja, a empresa vai passar a processar a produção para alimentar a fábrica de ração a ser instalada no distrito de Lichinga, juntamente com uma incubadora e um matadouro de frangos. O investimento é avaliado em 1.5 milhões de dólares.

Como principais problemas que afectam o negócio, o director da AC Matama aponta para a falta de mercado de frango no Niassa e o mau estado das vias de acesso.

Já ministro da Agricultura e Segurança Alimentar reconheceu o mau estado das vias de acesso, mas elogiou o facto de a empresa estar a produzir semente a preço competitivo. Higino Marrule falava depois de visitar o projecto da AC Matama, numa comitiva chefiada pelo Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário.

 

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