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Negociações com FMI terão “bom desfecho”, garante Maleiane

As conversações entre as equipas do Governo e do Fundo Monetário Internacional(FMI) decorrem já há dois dias. Para o ministro da Economia e Finanças, que lidera a parte moçambicana, as perspectivas são boas, porquanto o Executivo tem estado a buscar transparência e a cumprir com as recomendações do FMI.

O objectivo das negociações entre o Executivo moçambicano e o FMI têm em vista a retoma do apoio directo ao Orçamento do Estado, suspenso há cerca de seis anos, na sequência da descoberta do caso das dívidas ocultas, que levaram o Estado a garantir uma dívida externa de mais de dois mil milhões de dólares.

“As perspectivas são boas”, garante o titular da pasta da Economia e Finanças, justificando que o país precisa de apoio “porque há todo um contexto de problemas que temos de resolver e que cria uma pressão muito grande no orçamento e é preciso encontrar financiamento, sendo que o programa com o Fundo tem essa vantagem de mobilizar os outros para apoiar o país”.

Os dois dias das negociações que se estendem até ao dia 11 de Fevereiro corrente (sexta-feira da próxima semana) são suficientes para Adriano Maleiane ter avaliado a abertura do FMI, daí que assegura: “tenho a certeza que vamos ter um bom desfecho”.

O Fundo Monetário Internacional sempre colocou como condição para retomar o apoio directo ao Orçamento o esclarecimento do caso das dívidas ocultas, mas também a melhoria da gestão das finanças públicas. Em relação a estas exigências, o Executivo entende estar a seguir os passos certos.

“É o que nós estamos a fazer. Agora o que é preciso é melhorar, por exemplo, a captação de receitas e interação com o contribuinte”.

O apoio directo ao Orçamento do Estado foi interrompido em 2016. Na altura da suspensão da ajuda, o país deixou de receber dos doadores 467 milhões de dólares.

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