O Governo apresentou hoje os dados preliminares dos Planos Multi-sectoriais de Resposta e Mitigação dos Impactos da pandemia da COVID-19 no país.
Os dados, apresentados no decurso do Conselho Coordenador do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), apresenta uma série de acções consideradas “prioritárias urgentes e especificas” com um orçamento globalidade de cerca de 34 biliões de Meticais, o equivalente a quase 10% do Orçamento do Estado para o presente ano.
De com os dados apresentados durante a sessão, os sectores da saúde e agricultura vão absorver grande parte do valor orçado, com um cumulativo de 33 biliões de Meticais.
O sector de Saúde tem como necessidade, 17.4 biliões de Meticais (cerca de 260.7 milhões de dólares) e prevê realizar acções a construção de 15 Centros de Isolamento, disponibilização de três mil camas, instalação de tendas comunitárias para triagem, aquisição de duas ambulâncias por província, contratação de mais de dois mil profissionais de saúde e 2.200 Agentes Polivalentes Elementares de Saúde, de entre outras acções.
Do valor orçado, pouco mais de 10 biliões de Meticais (USD 152.7 milhões) serão destinados a aquisição de medicamentos, equipamentos e artigos médicos.
Segundo a modelagem das autoridades da saúde, num dos piores cenários Moçambique poderá registar um total de 20 milhões de infectados, dos quais, 350 mil precisarão de estar hospitalizados. Destes, 40 mil estariam em Unidade de Cuidados Intensivos.
Neste cenário o país estará durante uma situação pandémica durante um período de seis meses.
Contas super deficitárias
Do orçamento estipulado para o plano de resposta, a tabela do sector da saúde indica que o défice representa está acima de USD 200 milhões.
De acordo com a tabela que tivemos acesso, o sector já tem disponível o equivalente a USD 28 milhões. Tem também assumido o compromisso de USD 73.7 milhões sendo que o défice total é de USD 232.6 milhões.
Refira-se que, no geral, os planos sectoriais tem como pontos de convergência, as medidas de higiene pessoal e colectiva, campanhas de sensibilização comunitária, soluções alternativas para compensar a interrupção do curso normal dos serviços e ou actividades socioeconómicas vitais, entre outras.