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“Não há razão para críticas à auto-avaliação de Nyusi”

O porta-voz da bancada da Frelimo, Galiza Matos Júnior, diz que não há razão para críticas ao facto de Filipe Nyusi, na sua auto-avaliação, falar de infra-estruturas que se tenham iniciado no Governo de Guebuza, até porque, no seu entender, são governos liderados pelo mesmo partido.

“São críticas que não servem para construir um país. O que devemos, efectivamente, avaliar é se está a acontecer o desenvolvimento. Quem está a liderar o processo, neste momento, é o Presidente Filipe Nyusi e a marcha é para frente”, defende Galiza Matos Júnior.

O deputado da Frelimo faz uma apreciação positiva dos dois anos e meio do mandato de Nyusi. Galiza Matos começa por argumentar que Filipe Nyusi se deparou com várias dificuldades no começo da sua governação e, mesmo assim, superou-as, estando agora o país a mostrar sinais encorajadores. “É um mandato que começou largamente com desafios, sobretudo nas áreas económica e da defesa. Vínhamos assistindo a situações difíceis em relação ao conflito armado que opunha as partes beligerantes. Mas, em nosso entender, com o investimento que está a ser feito, particularmente pelo Presidente da República, temos estado a encontrar caminhos para melhorar”, sustenta Galiza Matos Júnior.

A bancada da Frelimo saúda o facto de Filipe Nyusi ter feito uma auto-avaliação publicamente e diz que é graças a essa auto-avaliação que os moçambicanos têm a possibilidade de avaliar o trabalha do Governo. “Sem a realização de qualquer balanço, não é possível saber-se até que ponto é que se está a concorrer para melhorar a vida dos moçambicanos, porque, efectivamente, qualquer governo, ao trabalhar todos os dias, fá-lo para melhorar as condições de vida do povo. O balanço deve, efectivamente, ser feito”, considera.

O deputado da Frelimo diz, também, que o facto de Filipe Nyusi não mencionar a polémica das dívidas não declaradas não retira a preocupação do Executivo em relação à situação económica.

Já outros deputados da Assembleia da República são divergentes em relação aos dois anos e meio do mandato de Nyusi. Mohamed Yassin, da Renamo, entende que não faz sentido que o Presidente da República afirme ter trazido o país aos carris do progresso, sendo Filipe Nyusi, no entender de Yassin, uma das pessoas que levaram o país à crise económica.

Silvério Ronguane, do MDM, entende que Filipe Nyusi não é realista no seu Auto balanço.

Caifadine Manasse, da bancada da Frelimo, por sua vez, diz que o balanço de Filipe Nyusi é o retrato do Moçambique real. Defende que é preciso não esquecer os desafios com que Filipe Nyusi se deparou no começo da sua governação e, mesmo assim, há mudanças visíveis no desenvolvimento do país.

O Presidente da República fez a metade do seu mandato no dia 15, depois de ter sido empossado a 15 de Janeiro de 2015. Na passagem dos dois anos e meio, Nyusi dirigiu uma comunicação ao país, na qual fez a auto-avaliação do seu mandato.

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