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Nacional de Boxe: Estrela Vermelha sem adversário no ring

Terminou, domingo, o campeonato nacional de boxe, edição-2017, que teve lugar no Pavilhão do Estrela Vermelha de Maputo. O Estrela Vermelha foi o campeão absoluto, ao arrecadar quatro medalhas de ouro, cinco de prata e três de bronze

O Campeonato Nacional de Boxe, que decorreu de sexta-feira a domingo, no Pavilhão do Estrela Vermelha, teve muitos momentos a destacar, desde incumprimento de horários, combates desequilibrados, até os emocionantes “KO’s”, como o feito por Armando Mucamba, do Matchedje.

O Estrela Vermelha de Maputo sagrou-se campeão absoluto do nacional de boxe pela terceira vez consecutiva, ao amealhar quatro medalhas de ouro, nas categorias de 49 kg, 64 kg, 81 kg e + 91 kg, três de prata nos 75 kg, 81 kg e + 91 kg e ainda uma de bronze.

O Ferroviário de Maputo, que ao fim da prova somou três medalhas de ouro e igual número de prata, ocupou o segundo posto. O pódium ficou completo com o clube Desportivo do Matchedje ao conseguir três de ouro e uma de bronze.

A selecção de Manica foi a quarta classificada com duas de prata e uma de bronze, enquanto Sofala deteve a posição seguinte com uma medalha de prata e outra de bronze.

A rectificadora LM e a Academia Nhiuana somaram uma prata cada e ocuparam o sexto e sétimo lugar, respectivamente. A província de Gaza ficou em oitavo com dois bronzes, mais um que Nampula, em nono. Enquanto o décimo e último posto foi ocupado pela província de Inhambane sem nenhuma medalha.  
 

Atletas satisfeitos com a prova
O momento mais alto da final, ao nível de femininos opôs a campeã nacional Rady Gramane, no combate com a colega Alinda Panguene, nos 75 kg de peso, e mais uma vez Rady se saiu levou a melhor.

De acordo com atleta, o jogo foi difícil uma vez que a sua adversária é melhor tecnicamente e tem uma altura que lhe confere vantagens, “inexplicável, eu não sei explicar como, mas foi da ”hora”, afirmou a pugilista que enalteceu a organização da prova, mas que reclama a falta de competitividade no país.
Wache António, outro conceituado pugilista, da academia do clube Desportivo do Matchedje, em masculinos, sagrou-se campeão nacional de 60 kg, vencendo assim Regan José da província de Manica.

Para Wache, o treino de preparação para o campeonato nacional foi mais difícil que os combates havidos durante os três dias da competição. “Treino difícil, jogo fácil”, foram estas palavras proferidas pelo homem que amealhou para o clube dos “tricolores” uma medalha de bronze.

Outro combate não menos importante, opôs Valdo António do clube Estrela Vermelha de Maputo e o “locomotiva” Paulo Jorge, na categoria dos 64 kg. Por uma diferença de um ponto, Valdo António levou a melhor e venceu.
Paulo Jorge, diz ter sido alvo de injustiça, porquanto a sua prestação nos dois últimos “assaltos” foi a melhor.

Presidente da FM Boxe faz balanço positivo
O presidente da Federação Nacional de Boxe, Gabriel Júnior, dá nota positiva ao maior evento de boxe do país e diz que o objectivo é de melhorar cada vez mais o nível competitivo do boxe moçambicano.

“Os homens tradicionais do boxe, os mais velhos, bem como os analistas, consideram este campeonato um dos melhores campeonatos, uma das melhores organizações dos últimos dez, 15 anos”, afirmou.

O evento realizou-se no Pavilhão do Estrela Vermelha de Maputo e contou com a participação de 59 atletas em representação de seis províncias, nomeadamente: Nampula, Sofala, Manica, Inhambane, Gaza e Cidade de Maputo.

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