A Justiça de Myanmar condenou, nesta quarta-feira, dois ex-ministros do partido da então dirigente deposta, Aung San Suu Kyi, a penas de 90 e 75 anos de prisão por crimes de corrupção.
De acordo com a LUSA, das penas já impostas até agora para as dezenas de membros da Liga Nacional para a Democracia, que foram detidos depois de os militares tomarem o poder, em 01 de Fevereiro, estas são as mais “duras”.
“De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), Than Naing, ex-ministro do Planeamento do estado de Kayin, foi condenado a 90 anos de prisão, incluindo trabalho forçado, por seis acusações de corrupção, disse o advogado Zaw Min Hlaing”, escreve a imprensa portuguesa.
Já Nan Khin Htwe Myint, de 67 anos e ex-ministra chefe do Estado de Kayin e membro da direção do partido de Suu Kyi, foi condenada a 75 cinco anos de prisão, um cumulativo das cinco acusações que recaíram sobre ela.
Segundo escreve a LUSA, Aung Suu Kyi também enfrenta uma série de acusações que podem levá-la à prisão durante várias décadas, incluindo a importação ilegal de ‘walkie-talkies’, incitação à perturbação da ordem pública, sedição, corrupção e o não cumprimento das regras de combate ao novo coronavírus. Qualquer condenação irá impedi-la de concorrer nas eleições que o Governo instalado pelos militares prometeu realizar até 2023.
Os dois ex-governantes já tinham sido condenados a dois anos de prisão por incitação à perturbação da ordem pública, após a tomada do poder pelo exército.