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Município de Maputo prometeu arrancar com reabilitação da “Julius Nyerere” este mês

O Conselho Municipal de Maputo prometeu, para este mês,o arranque das obras de reabilitação das estradas esburacadas na capital. As avenidas Julius Nyerere e Organização das Nações Unidas estão no topo das prioridades.  

Em Abril deste ano, a edilidade de Maputo, na pessoa do Director do Ordenamento Territorial no Conselho Municipal de Maputo, reconheceu que, em “norma, as estradas não deviam ter buracos”. Mas, as da capital do país têm-nos e começam a ser assumidos como de casa.

O troço da avenida Julius Nyerere, Praça dos Combatentes-Praça da Juventude é dos mais críticos da capital moçambicana. Os solavancos existentes neste percurso são muito bem conhecidos pelos automobilistas, mas conhecê-los não reduz, nem tão pouco, os danos às viaturas.

Quando passa algum tempo sem a queda da chuva, a areia até disfarça a podridão da via, mas, quando ela vem, as águas substituem as areias e os buracos aprofundam-se para o desespero dos automobilistas.

E desengana-se quem pense que a estrada fica rejuvenescida quando se chega à Praça da Juventude. A via, que liga Magoanine à EN1, é a avenida Lurdes Mutola que, para já, não permite o mínimo de velocidade, porque está esburacada e só os mais astutos conseguem passar com mais rapidez.

Os problemas não estão apenas na periferia da cidade, existem, também, na entrada e no centro. Para quem sai da Matola e queira chegar à capital sem usar a avenida 24 de Julho (que também não é limpa), tem de ir pela avenida da ONU.

De longe, a Ponte Maputo-Katembe carrega uma imponência digna de 785 milhões de dólares norte-americanos, valor que não foi suficiente para evitar que, por debaixo daquela infra-estrutura, houvesse buracos que têm de profundidade o que a ponte tem de altura.

É a avenida da Organização das Nações Unidas onde alguns automobilistas tentam contornar as crateras e os que não conseguem acabam por conduzir à contramão, “porque não há outra opção, estou com os amortecedores lixados”, tal como contou Agusto Paulo, que conduzia do outro lado da faixa de rodagem.

Manuela Souto, outra automobilista, que trava batalha com as crateras, mostrou indignação pelo facto de ser “um troço muito curto”. “Eu acho que seria melhor que interviessem agora, porque, se não, vai crescer e vai demandar mais dinheiro”, comentou fechando o vidro e continuando a sua batalha de escolher, entre as covas, aquela com que melhor se sentisse.

Entretanto, há uma boa nova. Em Abril, a edilidade prometeu que este mês de Junho seria dedicado ao início das obras de reabilitação das estradas esburacadas na cidade de Maputo.

“Não vamos poder intervir em todas, mas temos alguma preocupação com algumas vias em específico”, no caso da Julius Nyerere e ONU. Para esta última, Silva Magia disse que isso seria feito em coordenação com a REVIMO, que é a gestora da Ponte Maputo-Katembe, tendo estando antes na gestão da Maputo Sul, que, aliás, era dirigida por Silva Magaia, que hoje responde pela pasta do Ordenamento Territorial no Conselho Municipal de Maputo.

Magaia explicou, na altura, que tapar os buracos não era a solução correcta, o que leva a crer que, desta vez, será feita uma intervenção mais duradoira. Para todos os efeitos, vai ser muito difícil que os munícipes de Maputo se esqueçam desta promessa, porque, a cada passagem, as estradas esburacadas de Maputo fazem questão de recordar.

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