Iniciaram, na noite da última sexta-feira, os trabalhos de reabilitação da Avenida Julius Nyerere, na Cidade de Maputo, uma via que há anos apresenta problemas graves de degradação.
Há anos em que circular pela Avenida Julius Nyerere, no troço praça dos Combatentes à Praça da Juventude em Magoanine, tem sido um autêntico martírio devido aos inúmeros buracos que a via, que é das principais que escoa o trânsito de e para o centro da cidade, apresenta.
“Isto está péssimo, está muito mal, por causa desses buracos andar por esta via tem sido muito difícil, a suspensão dos nossos carros está mal e há sempre engarrafamento aqui, porque andamos a uma velocidade muito reduzida, para não agravar os problemas, porque aqui, a nossa escolha não é não esquivar buracos, e sim qual deles não bater”, queixou-se Jacinto Nandza, um condutor, que usa a via.
Depois de tantas promessas feitas pelo Município de Maputo, parece que desta vez é de vez… e finalmente os dias de martírio para os automobilistas poderão ficar para trás.
No local, já há máquinas posicionadas que certificam que há trabalhos em curso, desde a noite da última sexta-feira.
No entanto, para os automobilistas como Cremildo Langa, reabilitar ou tapar os buracos não é a solução dos problemas, pois já aconteceu no passado e o problema foi minimizado por um curto espaço de tempo.
“Isto que querem fazer não é nada, estão a brincar connosco, eles devem fazer uma nova estrada, só assim é que o problema será resolvido, porque com isto que estão a fazer, duas semanas após o término das obras, os buracos irão reaparecer”, afirmou Langa.
Carmona Mangue, transportador semi-colectivo que usa diariamente a via, partilhou com “O País” que, por causa dos danos causados pela degradação da via, quase todo o dinheiro que faz transportando passageiros é usado para manutenção da sua viatura, por isso, para si, o mais importante é minimizar os problemas da estrada e, com tempo, o município poderá fazer uma construção de raiz.
“Sabemos que isso não vai durar, logo que chover, os buracos vão abrir-se, mas, neste momento, o que nós queremos é ter um sítio bom para poder meter os nossos carros, e trabalharmos em paz”, defendeu.
O Município de Maputo mostrou-se indisponível para reagir ao assunto.