O Município da Beira vai adquirir equipamento moderno para a produção de asfalto, com vista a reabilitar mais de 200 quilómetros de estradas. Parte dos 200 quilómetros nunca beneficiaram de nenhuma intervenção desde a Independência Nacional, o que as torna praticamente intransitáveis.
Circular nas ruas secundárias que ligam os bairros da cidade da Beira continua a ser um verdadeiro martírio, e cada dia que passa a situação piora, pois as rodovias tendem a ficar cada vez mais danificadas.
São ruas que não beneficiam de nenhuma reabilitação há cerca de 50 anos, ou seja, desde a Independência Nacional e o estado de muitas delas é este.
O Município da Beira está ciente do problema e, em contacto com a nossa equipa de reportagem, garantiu, nesta terça-feira, que o problema tem dias contados, pois a edilidade está na fase final para a aquisição de equipamentos de ponta para a reabilitação destas estradas.
António Massuira, director de Manutenção de Estradas e Pontes na Beira, disse que o processo está no Tribunal Administrativo. “Já anunciámos no jornal a dedicação dos concorrentes da central de betão, da espalhadeira de betão, do cilindro de rolo, do cilindro de pneumático, este equipamento todo está no processo do Tribunal Administrativo. Após isso tudo, eu acredito que até Agosto, mais tarde, teremos isto tudo dentro da cidade”, mostrou-se confiante.
Numa primeira fase, até Dezembro deste ano, serão asfaltadas as principais rodovias da urbe.
“Para as ruas em que têm buracos isolados, vamos fazer o tapamento de buracos e reciclar.”
Agora, para as ruas que já têm buracos muito próximos, vamos escarificar, melhorar a base e reciclamos”, revelou António Massuira.
O município mostrou-se preocupado com o tempo de vida útil das estradas, tendo em conta que alguns automobilistas não observam a tonelagem e circulam pelas ruas com excesso de carga para a capacidade de uma dada rodovia.
De acordo com António Massuira, “as próximas ruas, os próximos trabalhos que nós estamos a fazer, vamos pôr em consideração a tonelagem desses camiões. Hoje, os camiões modernos que andam aí, vêm carregados de 18 a 20 metros cúbicos, estamos a falar aí de 35 a 40 toneladas de carga e as nossas estradas até à altura não estavam previstas para essa tonelagem. Nós tínhamos, já na era colonial, o máximo era de 10 a 12 toneladas”, justifica Massuira.
O município garantiu que a asfaltagem das rodovias na Beira irá decorrer em paralelo com a reabilitação de estradas com recurso a pavê e que até finais de 2027 já se poderá circular livremente nesta urbe.