Celebra-se, hoje , o Dia Internacional sem Saco Plástico. Alguns munícipes da Cidade de Maputo dizem que só vão parar de comprar plásticos caso a sua produção seja banida.
O Dia Internacional sem Sacos Plásticos é considerado, pelas autoridades, como uma oportunidade de divulgar informações sobre a existência de alternativas ambientais além das sacolas plásticas de uso único.
Mas quem anda pelas ruas dos mercados percebe que o plástico ainda é um recurso indispensável no dia-a-dia de várias famílias.
“Quando compramos produtos, as pessoas dão-nos plásticos, eu até ando com os meus sacos plásticos para não gastar dinheiro”, disse Pius Kumar que carregava três sacos plásticos com diversos produtos.
Há cerca de cinco anos, o país procura implementar o regulamento para o banimento dos sacos plásticos. Contudo, Adelino Mendonça justifica que o plástico “é um recurso muito tradicional, e as pessoas usam-no há muito tempo”. Mendonça reconhece que os sacos poderão entrar em desuso, mas “os importadores continuam a trazer os plásticos para os mercados”.
Já o ambientalista Rui Silva considera que Moçambique está preparado para deixar de usar sacos plásticos.
“Em alguns países de África, já existe o banimento e, nalgum momento, podemos dizer que foi de um dia para o outro, e isso trouxe problemas sociais. No caso de Moçambique, temos estado a falar ao longo destes anos, o que permite uma reorganização dos empresários que produzem sacos plásticos, uma vez que é inevitável o banimento do saco plástico”, esclareceu Silva.
De acordo com o Ministério da Terra e Ambiente, estima-se que, anualmente, o país descarte cerca de 100 mil toneladas de saco no ambiente, das quais 17 mil vão para os rios e oceanos.