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Mulheres no país formadas para serem camionistas

Foto: O País

Vinte mulheres serão formadas para serem condutoras profissionais de camiões. Elas são beneficiárias do projecto Mulheres de Ferro, que chega pela primeira vez a Moçambique através da Volvo Trucks África, Auto Sueco e Transportes Lalgy.

O projecto Mulheres de Ferro tem formado motoristas mulheres um pouco por todo o mundo e, esta quinta-feira, foi lançado em Moçambique. As mulheres terão formação teórica e prática.

Juneid Lalgy, director-geral da empresa Transportes Lalvy, disse que o projecto tem como objectivo garantir a inclusão social feminina na indústria de transportes rodoviários.

“A Transportes Lalgy está empenhada em tornar o sector dos transportes e logística em Moçambique mais inclusivo e diversificado, capacitando mulheres em todo o país para entrarem nesta profissão desafiadora e gratificante”, referiu.

Lalgy acrescentou que espera que o grupo ajude a desenvolver a empresa, mas também que mude a actual imagem que a sociedade tem dos camionistas, de serem “pessoas sujas de óleo, mal vestidas e com camiões mal cuidados”, pois, por serem mulheres, entende que estas estarão sempre bem cuidadas e organizadas. Mas também acredita que, com “elas” na estrada, o índice de acidentes rodoviários pode reduzir, “porque as mulheres são mais cuidadosas que nós, homens”.

A turma abrange mulheres a partir dos 25 anos de idade, e Martin Nilsson, vice-presidente da Volvo Trucks, entende que, com o lançamento do programa Mulheres de Ferro em Moçambique, não se está apenas a introduzir um programa de formação.

“Estamos a formar uma parceria poderosa para promover a inclusão e capacitar mulheres  motoristas de camiões. Ao equipar estas 20 mulheres não só com competências para navegar as estradas, mas também com conhecimento para enfrentar os desafios sociais e económicos, não estamos apenas a mudar vidas, mas a remodelar uma indústria”, disse.

Já Pedro Constantino, da Auto Sueco, afirmou que as beneficiárias serão fonte de inspiração para muitas mulheres moçambicanas, e não só, e pediu que agarrem a oportunidade dada e dêem o seu melhor.

Albertina Zitha, em representação das formandas, prometeu que não vai decepcionar. Disse que estão preparadas, pois são capazes de dar o seu melhor e trabalhar lado a lado com os homens.

O presidente do Município da Matola, onde está sediada a empresa onde as mulheres terão formação teórica e prática, entende que o projecto vai garantir mais emprego e inclusão da mulher nesta profissão.

O projecto será contínuo, e espera-se formar 120 motoristas. Para breve, espera-se formar, também, operadoras de máquinas como gruas e outros equipamentos  para a área mineira.

 

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