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Mpelo diz que histórias das veteranas de luta armada podem influenciar jovens na política

Foto: O País

A ministra dos Combatentes, Josefina Mpelo, defende que as veteranas de luta de libertação da África Austral são exemplo de como os jovens devem participar na vida política dos seus países, em defesa do desenvolvimento e bem-estar.

A governante falava, esta quinta-feira, na conferência sobre a participação das veteranas de luta de libertação nos países da África Austral, organizada em Maputo, pelo Ministério dos Combatentes e a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura – UNESCO.

A Conferência Regional é intitulada “Sua História: Veteranas das Lutas de Libertação na África Austral”. O evento tem como objectivo capitalizar todas as vozes das Mulheres Combatentes das Lutas de Libertação na África Austral e trazer suas experiências nas narrativas diversificadas e inclusivas para a juventude. A governante disse que as histórias das combatentes são inspiradoras para os jovens.

“Esta conferência traz a importâncias de entender a história conjunta da região e a forma como através dela os jovens podem influenciar as decisões que moldarão o futuro da África Austral e além. Entendemos que ao promovermos debates sobre a participação da mulher nos movimentos de libertação da África Austral contribuímos para a elevação dos valores patrióticos e de cidadania, principalmente para que as gerações presentes e futuras tenham como referência na luta contra os desafios actuiais”, avançou Mpelo.

Por outro lado, a governante reconheceu que a Conferência sobre “HERstory (Sua História): Veteranas das Lutas De Libertação Na África Austral”, acontece num momento particularmente importante, pois coincide numa altura em que se comemora o 20º Aniversário do Protocolo de Maputo, designado: “Protocolo da Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos sobre os Direitos das Mulheres na África,” estabelecido pela União Africana, que garante direitos às mulheres, incluindo a participação de processos político, a igualdade social e política e maior autonomia em suas decisões sociais.

O representante da UNESCO, Paul Gomis, em Moçambique concorda que os mais jovens têm ferramentas para lutar pelo bem-estar colectivo a partir do legado das veteranas de luta armada. “É uma oportunidade de discutir lições aprendidas e escutar antigos combatentes de modo a partilharem a suas experiências, transmitindo esse conhecimento aos jovens que vão, a partir do mesmo, desenvolver um novo Moçambique e uma nova África”, disse Paul Gomis.

A Conferência, que decorrer entre ontem e hoje é organizada pelo Ministério dos Combatentes e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Escritório Regional para a África Austral e o Escritório da UNESCO em Maputo, com o apoio da SADC e do Centro de Pesquisa e Documentação da África Austral. Participaram do evento, algumas veteranas de luta de libertação de Moçambique, África do Sul, Namíbia e Zimbabwe.

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