Moçambique registou uma redução de mortes causadas por acidentes de viação, durante os primeiros seis meses de 2024, comparado ao mesmo período do ano passado. Segundo o relatório do Ministério dos transportes e comunicação, de Janeiro a Junho, foram contabilizados 310 óbitos, contra 357 registados no primeiro semestre de 2023, o correspondente a 13%.
O documento mostra que o maior número de acidentes é do tipo atropelamento, representando 36% do total de acidentes registados. De seguida são os acidentes do tipo despiste, com 29% e o choque envolvendo carro e mota, com cerca de 14%.
O relatório do Ministério de Transporte e Comunicação avalia também a prevalência de atropelamentos por província, com destaque para a Cidade de Maputo, com 34%, seguido da província de Inhambane, com 21% e Gaza com 12%.
O balanço semestral sobre os acidentes nos transportes inclui, ainda, a componente do transporte ferroviário e marítimo. Nas ferrovias moçambicanas, foram contabilizados 39 óbitos, contra cerca de 18 registados no primeiro semestre de 2023. Considerando a distribuição espacial dos sinistros ferroviários, “o Corredor do Norte” afigura-se como “o mais mortífero”, com 23 óbitos, seguido do sistema ferroviário sul, com 10 óbitos, e o sistema ferroviário centro registou o menor número, seis óbitos.
No transporte marítimo, os dados apontam para a ocorrência de 141 óbitos, contra 34 registados no primeiro semestre de 2023. “Esta subida é influenciada pelo acidente da Ilha de Moçambique, ocorrido em Abril deste ano, no qual morreram 98 pessoas”. Ainda em Nampula, a costa de Angoche contribuiu com 7 óbitos. As províncias do Niassa e Sofala também registam números elevados de óbitos resultantes de acidentes marítimos com um total de 10 óbitos por cada província.