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Mortes devido às cheias aumentam para sete no sul do país

Foto: O País

O número de mortes causadas pelas cheias que atingem Maputo subiu para sete nas últimas 24 horas e afectados ultrapassam os 37 mil, de acordo com o último balanço divulgado pelo Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD).

Segundo os dados mais recentes do INGD, entre o dia 07 e 12 de Fevereiro, houve sete mortos e 37, 945 pessoas afectadas pelas cheias, números que, entretanto, poderão subir.

Para fazer face ao cenário, as autoridades mobilizaram, para as operações de resgate, 17 barcos, dois drones, 20 nadadores voluntários e 116 membros das Forças de Defesa Segurança, avançou Ana Cristina, directora nacional do Centro Nacional Operativo de Emergência (CENOE), que acrescentou que “mais de 14 mil pessoas foram obrigadas a fugir das suas residências e cerca de 8700 estão em 12 centros de acomodação criados para o efeito.”

A ocorrência de inundações é recorrente nesta altura do ano no país, que está em plena época das chuvas. De acordo com Agostinho Vilanculos, director nacional-adjunto da Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos, o nível de pluviosidade dos últimos dias é surpreendente.

“As bacias hidrográficas dos rios Maputo e Umbeluzi registaram níveis superiores, comparativamente aos anos de maior ocorrência de chuvas, no sul de Moçambique (1999/2000).”

Vilanculos acrescenta que as bacias hidrográficas dos rios Maputo, Umbeluzi, Incomáti, Zambeze, Montepuez, Megaruma e Rovuma poderão continuar a registar níveis altos de água, mantendo-se em alerta.

O Instituto Nacional de Meteorologia alerta que as chuvas continuarão, um pouco por todo o país, nos próximos 14 dias, entretanto moderadas.

“Para os próximos 14 dias (13 a 26 de Fevereiro de 2023), prevê-se a ocorrência de chuvas moderadas, localmente fortes nas províncias de Maputo, Gaza, Manica, Sofala, Zambézia e Nampula (200 a 250 milímetros). A montante esperam-se chuvas significativas no Malawi, África do Sul e Zimbabwe.”

Sobre o sistema tropical, com o nome Dingani, que se formou no Oceano Índico com potencial para evoluir para Ciclone Tropical, Acácio Tembe garante que ainda não constitui perigo para Moçambique.

“O Ciclone Tropical Dingani está a cerca de 3000 quilómetros de Madagáscar. As projecções indicam que não constitui perigo para Moçambique.”

Dados do INGD indicam que, de Outubro de 2022 a Fevereiro deste ano, houve o registo cumulativo de 91 mortos e 87 745 pessoas afectadas por desastres naturais como chuvas e ventos fortes, acompanhados de descargas atmosféricas.

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