Morreu Rebecca Cheptegei, ugandesa que disputou os jogos olímpicos de Paris na prova dos 5000 metros. Trata-se de uma morte que fez soar os alarmes sobre o feminicídio, com a confederação do atletismo do Quénia a considerar morte prematura e trágica, para além de ser uma perda profunda, exigindo o fim da violência de género.
Rebecca Cheptegei foi atacada e incendiada em sua residência, em Endebess, Condado de Trans-Nzoia, Quénia. A polícia sustenta que Dickson Ndiema Marangach, seu antigo parceiro, a encharcou com gasolina e a incendiou. Cheptegei morreu devido à falência múltipla de órgãos, a 5 de Setembro de 2024, aos 33 anos de idade, um mês depois de ter disputado os Jogos Olímpicos de Paris.
Por outro lado, o funeral de Cheptegei promete ser um evento importante no Uganda, com a sua família a ter anunciado que lhe será dada a honra de um “enterro militar”, por ter feito parte da Força de Defesa Popular de Uganda, as forças armadas daquele país.
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, anunciou que a cidade homenageará Cheptegei, dando o seu nome a uma recinto desportivo em sua homenagem.
A morte de Rebecca Cheptegei trouxe à tona casos de feminicídio que abalaram o mundo do desporto.
Em Abril de 2022, a atleta nascida no Quénia, Damaris Mútua, foi encontrada morta em Iten, um polo conhecido no mundo do atletismo que fica no Vale do Rift. Suspeita-se que o seu companheiro a tenha matado.
Em Outubro de 2021, a atleta queniana Agnes Tirop, de 25 anos, medalhista de bronze nos 10 mil metros nos Mundiais de 2017 e 2019 e quarta colocada nos 5000 metros nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, morreu depois de ter sido esfaqueada em sua casa em Iten.