Morreu o pianista Adérito Francisco Gomate, vítima de doença. O artista, natural da Zambézia, “era um apaixonado cultor do jazz e, por conseguinte, criou uma Big Band, com a colaboração de músicos da banda da Polícia de Moçambique”.
Adérito Gomate morreu a 15 de Janeiro corrente. Foi integrante do conjunto musical Alambique, de que foi co-fundador em 1984, com compositores ecléticos como Hortêncio Langa e Arão Litsure.
Mercê da sua sensibilidade e conhecimento musicais, a sua prestação foi de grande valia na prossecução dos objectivos de inovar e modernizar a música moçambicana dentro e fora do país. Neste contexto, Adérito Gomate marcou presença nas digressões que levaram a banda Alambique ao Zimbabwe, Suécia, Noruega, Dinamarca e Finlândia; bem como a Itália, Alemanha, Holanda, Áustria e Suíça.
“Com o Alambique e o Grupo de jazz de Maputo, Adérito Gomate abrilhantou momentos áureos das sessões de jazz” em diferentes restaurantes da capital do país, por exemplo, e conquistou a “admiração e o respeito dos amantes daquele gênero musical”, indica uma nota enviada ao “O País”.
Segundo o documento, Adérito Gomate estudou música no Centro de Estudos Culturais especializando-se em piano e guitarra. Após concluir o curso, ao longo da sua vida profissional, o malogrado trabalhou como pianista em alguns hotéis da cidade de Maputo.
“Simultaneamente dedicava-se ao ensino, lecionando música na Escola Internacional de Maputo e colaborando com o Instituto Nacional para o Desenvolvimento da Educação (INDE) na produção de manuais de educação musical para o Ensino Básico”.
O conjunto musical Alambique considera que que “a inesperada partida de Adérito Gomate deixa um profundo vazio nos seus colegas e uma enorme instabilidade na carteira de projectos” da banda com vista ao desenvolvimento da música moçambicana.