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Moldávia vai a segunda volta das eleições por suspeita de fraude que envolve a Rússia

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A Moldávia realizou eleições a 20 de outubro passado em que a actual presidente Maia Sandu, sem conseguir a maioria absoluta, obteve 42% dos votos contra 26% de Alexandr Stoianoglo, antigo Procurador-Geral e amigo da Rússia. Hoje, o país vai a uma segunda volta devido, também, às alegações de um esquema de compra de votos apoiado por Moscovo.

Os eleitores voltaram hoje às urnas na Moldávia para escolher entre a actual presidente Maia Sandu, pró-europeia, e o candidato Alexandr Stoianoglo, que é a favor de laços mais estreitos com a Rússia.

Apesar da actual presidente ter conquistado 48% dos eleitores, contra os 25% do antigo procurador, os votos não foram suficientes para conseguir uma maioria absoluta, e, uma vez que nenhum dos concorrentes conseguiu mais do que os 50% para uma vitória absoluta, os moldavos voltam pela segunda vez às urnas.

Após as duas votações de outubro, as autoridades moldavas denunciaram um esquema de compra de votos supostamente orquestrado por Ilan Shor, um oligarca exilado que vive na Rússia.

Shor foi condenado à revelia em 2023 por fraude e branqueamento de capitais. Os procuradores alegam que cerca de 35,8 milhões de euros foram canalizados para mais de 130 000 eleitores através de um banco russo que está sob sanções internacionais entre setembro e outubro. 

“Estas pessoas que vão a Moscovo, o chamado governo no exílio de Ilan Shor, que chegam com grandes somas de dinheiro, são deixadas à solta”, disse Octavian Ticu, um dos candidatos à corrida presidencial que foi considerado um outsider.

Shor negou qualquer irregularidade.

No mesmo dia da primeira volta das eleições presidenciais, realizou-se também um referendo nacional sobre a inclusão do objetivo de adesão à UE na Constituição do país.

O referendo foi aprovado por uma maioria de 50,35%, reforçada nas últimas horas da contagem dos votos no estrangeiro.

Nas duas eleições poderão determinar se o país candidato à União Europeia, vizinho da Ucrânia, se mantém na via pró-ocidental, apesar das alegações de que a Rússia tentou minar o processo eleitoral.

A actual Presidente Maia Sandu é a favorita para garantir um novo mandato numa corrida presidencial em que concorrem 11 candidatos. Os eleitores vão também escolher “sim” ou “não” num referendo sobre a possibilidade de consagrar na Constituição do país a sua aproximação à UE a 27.

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