Com limitações financeiras para organizar, sem ameaças de interrupções, o figurino de todos contra todos em duas voltas, a Liga Moçambicana de Futebol apresentou três modelos alternativos, sendo que a sua decisão estava dependente da disponibilidade financeira.
Os mesmos foram apresentados e discutidos com os associados (clubes), jornalistas e alguns treinadores de futebol.
E, hoje, tudo aponta para que o modelo regional com as equipas agrupadas em séries de quatro cada seja aprovado, uma vez que a Liga Moçambicana de Futebol já tem financiamento para o mesmo.
Este compreende a realização de uma prova de todos contra todos nos respectivos grupos, apurando-se os primeiros dois classificados de cada, totalizando quatro, que irão disputar a fase final também em duas voltas para se apurar o campeão nacional
Para a descida de divisão, os últimos quatro de cada irão igualmente realizar prova de todos contra todos em duas voltas, sendo que os últimos três classificados serão despromovidos.
No quarto modelo, teremos 20 jornadas, menos 10 com o primeiro, doze com o segundo e oito com o terceiro, custando-43.686.333,00Mt, e, em relação ao valor que a liga actualmente recebe dos seus patrocinadores, não se irá registar nenhum défice.
GOVERNO QUER MODELO SUSTENTÁVEL
O Governo defende a realização de uma prova sustentável. Em entrevista à Stv, a vice-ministra da Juventude e Desportos, Ana Flávia Azinheira, disse que os responsáveis pela decisão devem pensar num modelo que garanta cobertura financeira sem sobressaltos.
“Estamos confiantes que a Liga e a Federação Moçambicana de Futebol estão, de facto, a pensar num modelo sustentável. O mais importante é encontrar sustentabilidade nesta prova, porque não vale apenas pensarmos numa prova em que não vamos conseguir sustentar.
Quando falamos em sustentabilidade, falamos em angariar mais parceiros. Trazer mais valia e valor à competição e à marca Moçambola, para que possa facilmente ser sustentável”, disse.
Anualmente, o Governo renova apoio às federações e associações desportivas através do Fundo de Promoção Desportiva nos contratos-programa.
O futebol é a modalidade que maior bolo tem recebido no âmbito destes financiamentos, Ana Flávia diz que o apoio vai continuar, mas vinca que a escolha de um modelo ideal será a solução, tal como o é em outros quadrantes.
“O Governo está continuamente a investir, apoiar e sempre vai investir no desporto nacional. A própria competição em si, como acontece em todo o mundo, é dinamizada através de modelos sustentáveis. É esta engenharia que nós gostaríamos que fossem encontradas pelos nossos gestores de futebol”, considerou.
GALA DO MOÇAMBOLA
Ainda hoje, será sorteada a edição 2019 do Campeonato Nacional de Futebol durante a gala a realizar-se numa das estâncias turísticas do país, na qual serão distinguidos os melhores do ano passado.
Não será, sabe-se, premiado o melhor marcador, porquanto a Liga Moçambicana de Futebol estabeleceu o mínimo de 20 golos para que a premiação seja dada ao melhor marcador do Moçambola-2018.